No Congresso foi realizado o Ethanol Day, onde se discutiu uma nova agenda de biocombustíveis para a Argentina, com a presença do IICA e da Coalizão Pan-Americana de Biocombustíveis Líquidos (CPBIO), integrada pelas principais associações empresariais e industriais das Américas dedicadas à produção e processamento de açúcar, álcool, milho, sorgo, soja, óleo vegetal e grãos, entre outros produtos do setor agropecuário.
Córdoba, Argentina 26 de setembro de 2024 (IICA) — A produção de etanol de milho representa uma grande oportunidade para a Argentina, pela importância e a sustentabilidade de sua produção de milho, destacaram especialistas e representantes do setor no Congresso Internacional de Milho, realizado na província argentina de Córdoba.
No Congresso foi realizado o Ethanol Day, onde se discutiu uma nova agenda de biocombustíveis para a Argentina, com a presença do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e da Coalizão Pan-Americana de Biocombustíveis Líquidos (CPBIO), integrada pelas principais associações empresariais e industriais das Américas dedicadas à produção e processamento de açúcar, álcool, milho, sorgo, soja, óleo vegetal e grãos, entre outros produtos do setor agropecuário.
No curto prazo, a Argentina espera uma nova lei de biocombustíveis que promova um aumento das misturas com etanol e biodiesel em um mercado desregulado e competitivo. Nesse sentido, o Deputado Carlos Gutiérrez, anunciou a apresentação de um projeto de lei de biocombustíveis que foi elaborado pela Liga de Províncias Bioenergéticas e que goza de um vasto consenso no setor privado. Dezenas de deputados e senadores já expressaram o seu apoio a essa iniciativa.
“No médio prazo devemos trabalhar em uma legislação de Mobilidade Sustentável, inclusive o hidrogênio verde, o CO2 Biogênico, a criação de um mercado de carbono e os biocombustíveis para aviões e para transporte marítimo e fluvial, em um âmbito de convergência de políticas com o Mercosul”, expressou Patrick Adam, Diretor Executivo da Câmara de Bioetanol de Milho.
“O milho argentino emite 58% menos de gases de efeito estufa do que a média do resto do planeta e é o de menor pegada de carbono do mundo; temos instalações industriais que possuem as melhores tecnologias do mundo e que são complementadas com instalações de recuperação, tratamento e purificação de carbono e/ou com geração de eletricidade via biomassa/solar, de modo que a pegada de carbono é uma das mais baixas do mundo”, concluiu Adam.
No evento, o próprio governador de Córdoba, Martín Llaryola, assumiu uma dívida por uma “política” com o setor produtor de biocombustíveis: “a culpa de a Argentina não ser uma das líderes em biocombustíveis é da política, que não esteve à altura desse ecossistema produtivo. Devemos assumir a responsabilidade; não é culpa dos produtores nem dos industriais”, ressaltou.
Agustín Torroba, especialista internacional em biocombustíveis do IICA e Secretário Técnico e Executivo da CPBIO afirmou: “Argentina exporta mais de 35 milhões de toneladas de milho. Isso lhe confere um potencial de produção de Combustíveis Sustentáveis de Aviação (SAF) de mais de 8 milhões de metros cúbicos, o que equivale a mais de quatro vezes a atual produção mundial desse tipo de combustível. Dessa forma, a cadeia de valor do milho está excelentemente posicionada para ser um fornecedor global de SAF, aproveitando a sua baixa intensidade de carbono e os desenvolvimentos atuais da indústria de etanol”.
Deputados e senadores federais manifestaram adesão ao acordo sobre biocombustíveis alcançado pela Liga Bioenergética de Províncias.
As usinas de bioetanol de cana-de-açúcar obtêm um grande resultado ambiental pelo uso do bagaço para gerar energia elétrica renovável e vapor para o processo industrial. O bioetanol também é a fonte de octanagem mais barata e sustentável para as gasolinas.
Especialistas nacionais e internacionais, bem como diversas câmaras empresariais, explicaram que os biocombustíveis são uma das ferramentas privilegiadas que a Argentina tem para dar valor às matérias-primas, promover o desenvolvimento e o emprego federal e cumprir os acordos climáticos internacionais. Aumentando o corte de etanol de 12% para 15% nos combustíveis de petróleo, a industrialização do milho na Argentina passaria de 1,6 milhões de toneladas para 2,5 milhões de toneladas, com valor agregado regional e federal.
Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int