Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

Competitividade Desenvolvimento sustentável Mudança climática Resiliência da agricultura

O Diretor-Geral do IICA destacou o potencial da bioeconomia para mitigar os efeitos das mudanças climáticas

Tiempo de lectura: 3 mins.

No marco da Semana da Agricultura e Alimentação realizada em Buenos Aires, Manuel Otero assegurou que a América Latina pode fazer contribuições “substanciais” a partir da geração de negócios sustentáveis.

O Director-Geral do IICA, Manuel Otero, durante sua participação na Semana da Agricultura e Alimentação realizada em Buenos Aires.

Buenos Aires, 23 de novembro (IICA). A agricultura “tem um enorme potencial” para mitigar a mudança climática a partir da geração de negócios sustentáveis ​​no marco da bioeconomia, tarefa em que a América Latina pode fazer contribuições substanciais, afirmou hoje o Diretor-Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

No painel “Agricultura, mudança climática e necessidade de uma nova abordagem econômica” da Semana da Agricultura e Alimentação, que dividiu com a Ministra do Meio Ambiente e Recursos Naturais de El Salvador, Lina Pohl, e a coordenadora da Aliança para a Resiliência Climática Rural da América Latina, Yolanda Kakabadse, o Diretor-Geral do IICA lembrou que a mudança climática afeta a atividade agrícola ao impactar a produtividade e o faz mais drasticamente sobre “a agricultura familiar”.

A Semana da Agricultura e Alimentação foi organizada em Buenos Aires pela Secretaria de Agroindústria da Argentina e pela FAO, e tem como parceiro o IICA. A reunião contou com a participação de representantes de mais de 30 organizações, sob o lema “Desafios futuros para a América Latina e o Caribe”.

Otero disse ainda que, em relação à mitigação das emissões de gases de efeito estufa, a agricultura também “é parte da solução” e chamou os países da América Latina e do Caribe a se posicionarem para que possam “fazer contribuições substanciais à mitigação da mudança climática”, para o qual ele propôs “pensar sobre uma nova geração de negócios sustentáveis​​”.

“As emissões diminuem aumentando a eficiência por unidade de produção. Uma das questões fundamentais neste contexto é atender as lacunas de produtividade que estão acima de tudo na agricultura familiar”.

O dirigente do IICA considera a bioeconomia como a melhor resposta aos desafios impostos pelas mudanças climáticas e pelas transformações da agricultura nesse cenário.

“a bioeconomia permite aproveitar a riqueza biológica da região para potencializar o desenvolvimento produtivo e tem a vantagem de promover um desenvolvimento de baixo carbono e tem resiliência, faz um aproveitamento rentável dos resíduos, faz a utilização não agrícola da biomassa, gera cadeias de valor muito sofisticadas, incursando nos temas de construção, farmacêuticaos, moda, e eleva o uso das áreas rurais como biofábricas “, explicou.

Esta abordagem “sai da visão tradicional de que a agricultura é igual à produção de commodities”, mas “exige redirecionar os esforços dos institutos nacionais de pesquisa, programas regionais concertados entre os países” e capacitar os jovens e as mulheres “para promover esses empreendimentos bioeconômicos e somar à agricultura familiar, dando-lhe as ferramentas “, disse ele.

“A agricultura familiar é uma oportunidade para impulsionar territórios rurais, para que sejam áreas de oportunidade, de progresso. Não temos que fazer a biomassa viajar, quem deve viajar é o conhecimento, os produtos com valor agregado, e aproveitar nos territórios a transformação da biomassa ”, afirmou Otero.

A esse respeito, ele revelou que a região “tem 35% do capital natural do mundo, riqueza biológica que deve ser usada para transformá-lo em produtos de valor agregado mais sofisticados”.

O dirigente do IICA destacou a importância que a instituição do Sistema Interamericano atribui a seu programa de Bioeconomia e Desenvolvimento Produtivo e disse que “temos tudo neste continente para garantir a segurança alimentar e sustentabilidade do planeta. Depende de nós, temos que aproveitar esses obstáculos que a mudança climática nos oferece para gerar negócios para o desenvolvimento sustentável, temos esse capital que joga a nosso favor e a questão é como aproveitá-lo em estratégias sustentáveis ​​de longo prazo”.

 

Mais informação:

Gerência de Comunicação Institucional do IICA

comunicacion.social@iica.int

Compartilhar

Notícias relacionadas

Lima, Perú

December 13, 2024

Funcionários de países membros da CAN fortalecem capacidades relacionadas ao comércio agroalimentar com apoio do IICA

A atividade, realizada na Sede da Secretaria Geral da Comunidade Andina de Nações, em Lima, teve como objetivo analisar os principais mecanismos e instrumentos que favorecem o comércio internacional agroalimentar e a integração econômica regional na CAN, como um meio para alcançar uma participação mais efetiva em foros internacionais e ações conjuntas para fortalecer os sistemas agroalimentares e facilitar o acesso a mercados regionais e internacionais.

Tiempo de lectura: 3mins

San José, Costa Rica

December 10, 2024

A produção global de biocombustíveis líquidos cresceu 50% em uma década, liderada pelos EUA e pelo Brasil e tendo a Argentina e o Canadá como outros grandes atores, revela nova edição do Atlas do IICA

A nova edição do Atlas centra-se em biocombustíveis como bioetanol, biodiesel e combustíveis sustentáveis de aviação, a partir de fontes bibliográficas complementadas com dados estatísticos sobre matérias-primas, tendências de produção e políticas regulatórias.

Tiempo de lectura: 3mins

San José, Costa Rica

December 11, 2024

Alunos de Limón, Costa Rica, ganham segunda edição do Desafio Minecraft Education para a Agricultura organizado pela Microsoft e pelo IICA

No desafio, os alunos receberam no vídeo game Minecraft um desenho inicial, caracterizado por um mundo com problemas de seca, erosão de solos, deslizamentos, contaminação de água, escassez de árvores e animais, entre outras situações devastadoras.

Tiempo de lectura: 3mins