O Diretor-Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, participou da reunião do Conselho Diretor do FONTAGRO. Ele destacou o papel transformador da ciência e da tecnologia para o agro, presente no DNA do próprio Instituto.
San José, 5 de novembro de 2020 (IICA). Trabalhar junto aos países para reposicionar os temas de ciência e tecnologia, facilitando o acesso à nova fronteira do conhecimento que permite percorrer um caminho para o pleno desenvolvimento agropecuário e rural com a internalização das dimensões da sustentabilidade ambiental e da inclusão social.
Essa é a determinação do IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura) para sua ação institucional, à qual agrega a intercooperação e o enfoque na inovação, ciência e tecnologia tendo os países como protagonistas.
Essa foi a principal mensagem transmitida pelo Diretor-Geral do IICA, Manuel Otero, à Reunião do Conselho Diretor do FONTAGRO, mecanismo criado em 1998 para impulsar a inovação na agricultura familiar, a competitividade e a segurança alimentar.
Composto por 15 países (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Espanha, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela), o FONTAGRO é patrocinado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o IICA.
A reunião de seu Conselho Diretivo convocou, entre outros participantes, Celso Moretti, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA); Julio Berdegué, Representante Regional para a América Latina e o Caribe da FAO, e Jesús Quintana, Diretor para as Américas da Aliança Bioversity International-CIAT.
“Nossa principal preocupação é assegurar condições institucionais para que a região possa aproveitar ao máximo o potencial de transformação que os novos cenários da ciência e tecnologia oferecem”, disse Otero, recordando o expresso mandato ministerial para que o IICA atue como plataforma de inovação do agro continental.
Nesse sentido, ressaltou a importância da inovação institucional e de atender à demanda por novos enfoques, a partir dos modelos exitosos que dominaram a região durante as últimas décadas, nas quais foram capazes de promover transformações e colocar as Américas em um lugar central para a segurança alimentar global.
As premissas ratificaram a condição do IICA de organismo elo para apoiar a transformação do setor agropecuário das Américas, colocando os temas de ciência e tecnologia como elementos centrais das agendas pública e privada.
“Um segundo aspecto é que existem áreas como a biotecnologia e a agricultura digital que requerem estratégias diferenciadas e estamos atuando nesse sentido, a fim de estabelecer um mecanismo que facilite o acesso dos países com menos recursos a essas tecnologias”, acrescentou Otero, citando como exemplos a aliança entre o IICA e a organização PAD – fundada pelo Prêmio Nobel Michael Kremer – para levar assistência via telefonia celular aos produtores familiares e a interação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Microsoft para uma agenda pró-conectividade.
Ele também mencionou a bioeconomia como “um caminho promissor”, pois oferece a possibilidade de ampliar o alcance da agricultura e da ruralidade.
Otero lembrou que, diante dos desafios atuais enfrentados pela agricultura do hemisfério, acrescidos dos efeitos da pandemia de Covid-19, são necessárias maiores alianças e contribuições institucionais, configurando assim a plataforma que precisa o agro americano para seu respaldo.
“Estamos em um momento de mudanças aceleradas que exigem respostas consistentes. Nesse sentido, nossa principal preocupação é garantir as condições institucionais para que a América Latina e o Caribe aproveitem ao máximo o potencial de transformação que os novos cenários da ciência e tecnologia oferecem”, concluiu.
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