O IICA propicia diálogo e alianças público-privadas para a transformação da apropecuária
São José, 19 de julho de 2018 (IICA). Representantes da Bayer AG, da Microsoft, da Junta Agroempresarial Dominicana (JAD) e do Centro de Competitividade da Região Ocidental (Cecomro), do Panamá, participaram de um fórum de diálogo público-privado organizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
O encontro permitiu estabelecer um diálogo direto entre o setor privado, um ator-chave para o desenvolvimento agropecuário e rural, com os representantes de 17 países das Américas presentes na reunião ordinária do Comitê Executivo do IICA, um dos órgãos de governo do Instituto.
“A transformação da agropecuária e das zonas rurais é um problema de todos”, disse o diretor-geral do IICA, Manuel Otero, ao abrir o fórum.
Desse encontro, participaram o gerente de Mercado de Cultivos da Bayer AG para a América Latina, José Manuel Domínguez; o especialista em Internet das Coisas da Microsoft, Armando Blanco; a diretora-executiva da Junta Agroempresarial Dominicana, Ivonne García; e o presidente do Centro de Competitividade da Região Ocidental do Panamá, Felipe Rodríguez.
Domínguez informou que a Bayer faz esforços para melhorar a defesa e segurança dos alimentos e para favorecer o aumento da produtividade e está centrada na proteção de cultivos e no fomento das boas práticas agrícolas (BPA).
“Avançamos nos conceitos de cadeia de valor dos alimentos, temos programas mundiais por meio dos quais ajudamos os produtores a melhorarem suas condições básicas de produção e gerenciamento de resíduos dentro de um conceito de sustentabilidade”, comentou.
Ele acrescentou que a empresa contribui para que associações de produtores que adotam as BPA possam exportar aos Estados Unidos e à União Europeia por meio de uma plataforma na qual podem se contatar com importadores interessados em adquirir seus produtos.
No caso da Microsoft, Blanco informou que a corporação procura aumentar a produtividade e reduzir custos de produção no setor agrícola mediante a utilização de tecnologias como os drones e os sensores, a adoção da agricultura de precisão, o “big data”, a Internet das Coisas e a inteligência artificial.
“Com drones, podemos obter imagens de campo para avaliar se há baixa produção, seca ou pragas. Os sensores nos permitem identificar as mudanças de temperatura, de umidade e outros dados dos produtos. A informação gerada facilita o desenvolvimento de modelos produtivos eficientes, que permitem economizar água, reduzir perdas de alimentos e oferecer produtos de melhor qualidade”, afirmou o especialista.
Blanco comentou também que a Microsoft conta com programas de apoio para pequenos produtores sem capital para investir em tecnologia e, assim, aumentar sua produtividade.
Representando a principal organização do setor agropecuário da República Dominicana, Ivonne García destacou que sua entidade conta com uma experiência de 30 anos no apoio ao desenvolvimento agrícola e beneficia atualmente 160 mil filiados, graças a 78 projetos em execução.
“Os produtores agropecuários se associam a nós porque sabem que responderemos com as soluciones para seus problemas. Nós os apoiamos no desenho de organizações, gerenciamento das finanças, boas práticas agrícolas, sustentabilidade ambiental, econômica e social, além de estimularmos a inclusão de jovens e mulheres”, disse García.
Rodríguez descreveu a experiência da Cecomro na adoção do Plano Mestre do Agro da Região Ocidental, que busca a incorporação de15 mil produtores agropecuários panamenhos aos mercados internacionais e a garantia de segurança alimentar desta nação da América Central.
“Isso nasceu do setor privado e se fez junto com o governo para reposicionar, modernizar e elevar a produtividade do setor agropecuário panamenho. O IICA, que apoia esta iniciativa, exerce um papel importante de amalgamar o setor público com o privado para obter maiores possibilidades”, declarou o presidente da Cecomro.
Os representantes do setor privado responderam a consultas das autoridades públicas presentes no mesmo encontro em que foram aprovados o Plano de Médio Prazo (PMP) 2018-2022 do IICA e também seu orçamento para 2019.
“Estamos nos aproximando os setores público e privado, coo diferentes empresas, e há responsabilidades claras para o Instituto, que pode fazer escalonamento diante dessas tecnologias, produtos e processos para poder massificá-las, trabalhar mais nos diálogos técnico-políticos com o setor privado”, disse Otero ao encerrar o fórum.
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José Alfredo Alpízar, Coordenador de Imprensa e Difusão, IICA