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Conectividade e construção de habilidades digitais são fundamentais para a expansão de tecnologias entre os pequenos produtores agropecuários

El periodista del noticiero colombiano CMI, Juan Armando Rojas, junto al Director General del IICA, Manuel Otero, el Director de Asuntos Corporativos, Externos y Legales de Microsoft Colombia, Andrés Rengifo, y la especialista senior de BID Lab, Ana Castillo, analizaron las dinámicas y perspectivas de AgriTech en América Latina, en la serie de las denominadas Conversaciones pendientes sobre el campo.
O jornalista do noticiário colombiano CMI, Juan Armando Rojas, o Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, o Diretor de Assuntos Corporativos, Externos e Jurídicos da Microsoft Colômbia, Andrés Rengifo, e a especialista sênior do BID Lab, Ana Castillo, analisaram as dinâmicas e perspectivas do AgriTech na América Latina na série Conversas pendentes sobre o campo.

São José, 3 de novembro de 2021 (IICA). – Conectividade, alfabetização digital, soluções tecnológicas práticas e adequadas às necessidades reais dos pequenos e médios produtores, bem como parcerias público-privadas efetivas, são elementos medulares para se expandir a adoção e a implementação do AgriTech na América Latina e no Caribe (ALC).

Nisso concordaram os peritos convocados para o quinto evento da série Conversas pendentes sobre o campo, iniciativa da Sociedade de Agricultores da Colômbia (SAC) e do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), que aborda as tendências e os desafios globais que estão transformando os sistemas agroalimentares e as ações e inovações que se deve adotar para aproveitar oportunidades, mitigar riscos e enfrentar os desafios que essas transformações trazem para o setor agrícola.

Do novo diálogo, Dinâmicas e perspectivas do AgriTech na América Latina, participou o Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, além da especialista sênior do BID Lab, Ana Castillo, e o Diretor de Assuntos Corporativos, Externos e Jurídicos da Microsoft Colômbia, Andrés Rengifo.

A conversa foi moderada pelo jornalista do noticiário colombiano CMI, Juan Armando Rojas.

A palavra AgriTech, ou AgTech, engloba uma amplíssima gama de novas tecnologias que se aplicam na agricultura a fim de aumentar a sua eficiência, produtividade e sustentabilidade e que, conforme os especialistas ressaltaram nesse evento, é crucial para a transformação dos sistemas agroalimentares, a garantia da segurança alimentar e nutricional, a redução das lacunas existentes entre o urbano e o rural e a melhoria das condições de vida dos agricultores familiares.

“Com as novas tecnologias podemos e devemos incorporar os jovens, os quais em alguns casos farão os desenvolvimentos e aplicarão as tecnologias. Para isso acontecer, temas pendentes como conectividade e alfabetização digital deverão ser encarados, porque existe uma grande fronteira do conhecimento e da revolução em germinação no setor agropecuário que o nosso continente não pode deixar passar”, indicou Otero.

O Diretor Geral do IICA acrescentou que, em matéria de alfabetização digital, “apenas 17% dos produtores em geral sabem tirar proveito dos smartphones”, havendo ainda uma tarefa de conscientização a ser feita para “entenderem o que querem e do que precisam para dar saltos de produtividade”.

“O agricultor de hoje e de amanhã necessita do pleno acesso às novas tecnologias e ao empoderamento; precisa ser protagonista do novo tempo em que a agricultura é chamada para ser, como vimos na recente Cúpula da ONU sobre a transformação dos sistemas alimentares, um eixo estratégico de qualquer estratégia de desenvolvimento sustentável”, complementou o titular do organismo especializado em setor agrícola e ruralidade.

A especialista sênior do BID Lab enfatizou que “80% dos produtores da ALC são pequenos e médios e que o grosso das soluções do AgriTech hoje é concebido sobretudo para as grandes empresas”. Sendo assim, parte dos desafios é a articulação dos esforços público-privados para “desenvolver e elaborar estratégias que facilitem soluções pertinentes inclusivas e adaptadas às necessidades reais dos agricultores”.

“A adoção de tecnologias no nível de pequeno produtor é possível. Temos que pensar que hoje é necessário ter um olhar mais inclusivo, incorporar a perspectiva de gênero e a diversidade. O tamanho da propriedade rural não deveria ser uma limitante para se poder utilizar tecnologias exequíveis, adequadas e pertinentes ao fim para o qual estão sendo desenvolvidas”, afirmou Castillo.

“Temos um papel a desempenhar na aceleração dessas coisas e na redução dessas desigualdades campo-cidade, porque não importa onde se viva, como cidadãos todos temos o direito de poder ter e receber a mesma qualidade de serviços. Isso traz um grande desafio para todos, que implica não só a tecnologia, mas também os temas das habilidades digitais, da revisão de processos, da geração de novas capacidades nos produtores que hoje talvez não as tenham – essa transformação vai muito além”, acrescentou.

O Diretor de Assuntos Corporativos, Externos e Jurídicos da Microsoft Colômbia enfatizou que, apesar das diversas limitações e restrições, deve-se ressaltar que a tecnologia “está chegando ao campo e fazendo entender a esse destinatário o uso mais efetivo, produtivo e sustentável da sua terra e do seu cultivo”.

Ele foi claro ao indicar a transcendência das sinergias entre os setores público e privado para se avançar na incorporação de mais e novas tecnologias com maior rapidez em todos os cantos da ruralidade, onde “os sistemas nacionais de ciência e tecnologia, como aglutinadores desses grandes esforços, podem ser uma via muito importante para se alcançar essa realização”.

“Nós, como sociedade, levamos muito tempo falando das parcerias público-privadas, conceito que está muito desenvolvido, mas que é preciso ser levado à prática. Os Estados têm que perder o medo de trabalhar com o setor privado, com o banco multilateral, com os organismos internacionais e com os think tanks. Hoje, nenhuma solução de problema é individual, mas precisa do concurso de muitos atores”, concluiu Rengifo.

No encontro, os peritos concordaram também em que a pandemia da Covid-19 potencializou e acelerou o uso e a oferta de novas tecnologias, propiciando uma transformação digital que está em andamento, mas que tem ainda muito caminho a percorrer.

Video em espanhol

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