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Diplomado Internacional de Cafeicultura Inovadora desafiou a pandemia e treinou virtualmente 125 técnicos em café da América Latina

diplomado café
O curso teve como objetivo atualizar os conhecimentos sobre as práticas recomendadas para a gestão do cultivo de café frente aos novos cenários que enfrentam as famílias dedicadas à essa atividade.

São José, 23 de março de 2021 (IICA) - Desafiando os obstáculos apresentados pela atual pandemia, 125 estudantes de 16 países da América Latina completaram recentemente o Diplomado Internacional de Cafeicultura Inovadora, que foi realizado de forma virtual e coordenado por instituições do setor.

O curso teve como objetivo atualizar os conhecimentos sobre as práticas recomendadas para a gestão do cultivo de café frente aos novos cenários que enfrentam as famílias dedicadas à essa atividade.

A coordenação do curso, dado em 2020 e 2021, foi executada pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e pela União Europeia, por meio do seu Programa Centro-americano de Gestão Integral da Ferrugem do Café (PROCAGICA), o Instituto do Café da Costa Rica, o Centro Agronômico Tropical de Pesquisa e Ensino (CATIE) e o Programa Cooperativo Regional para o Desenvolvimento Tecnológico e Modernização da Cafeicultura (PROMECAFÉ).

Estas organizações criaram um comitê consultor para orientar o desenvolvimento do diplomado e determinar os temas e especialistas que apresentaram o conteúdo, explicou Ângela Díaz, coordenadora da unidade de treinamento do CATIE e membro do comitê.

“O Covid-19 nos fez dar o pulo exponencial e também veio fazer que repensáramos como poderíamos continuar fornecendo cursos e diplomados na temática da cafeicultura inovadora,” sinalizou.

Díaz também disse que o PROCAGICA desempenhou um papel preponderante na concepção do comitê técnico do diplomado, ajudando a identificar especialistas e temas para o curso.

René León-Gómez, Secretário Executivo do PROMECAFÉ, que patronizou o treinamento, enfatizou que o curso teve o apoio de 32 instituições regionais que conjugaram os seus esforços para contribuir para ampliar a visão e as capacidades dos profissionais que fornecem acompanhamento técnico às famílias produtoras de café, que as vezes se especializam só em uma área da cadeia de produção do grão.

“Talvez houvesse técnicos com conhecimentos muito especializados sobre fertilidade do solo, mas que pouco sabiam dos esforços do mercado e da promoção da tecnologia. A ideia era abrir o leque de conhecimentos que eles tinham para que realmente tivessem uma visão muito ampla da cafeicultura,” disse León-Gómez.

O curso ocorreu em quatro meses, desde novembro de 2020 até fevereiro de 2021, más não de forma contínua, explicou.

“A duração do curso foi de 120 horas, distribuídas por um período de 15 dias. Nesta ocasião, o curso foi realizado de forma totalmente virtual, porém sincrônica (todos estávamos conectados ao mesmo tempo), em resposta ao desafio que impõe a pandemia. Tivemos 69 especialistas, como instrutores e conferencistas, e os estudantes foram principalmente profissionais mesoamericanos, más houve um da Coréia e outro da Alemanha que vivem da região,” relatou o Secretário Executivo do PROMECAFÉ.

Temário

Entre os temas abrangidos estiveram o desafio ao setor ocasionado pelos baixos preços internacionais do café e como transformar a cafeicultura para que seja mais rentável e permita o desenvolvimento integral das famílias cafeteiras. Também foi abrangido como promover a resiliência dos produtores, o uso de tecnologias de baixo custo e alta efetividade para facilitar a pesquisa e extensão cafeteira.

“O treinamento dos técnicos extensionistas sempre foi um desafio porque os cafeicultores mesoamericanos são principalmente pequenos produtores, dispersos, numerosos e com baixa escolaridade, e tudo isso contribui ao desafio de como treiná-los,” explicou León-Gómez.

Por isso, foi promovido o uso de ferramentas tecnológicas que apoiam a cafeicultura e particularmente os serviços de extensão, e assim poder oferecer resultados de pesquisas aos produtores.

O diplomado começou no final da década de 1970, como um esforço do PROMECAFÉ para treinar, fortalecer e atualizar os técnicos cafeteiros na região. Se chamava “Curso de Cafeicultura Moderna,” más já há duas edições se chama “Diplomado Internacional de Cafeicultura Inovadora.”

“Antes da pandemia, existiam poucos esforços para aplicar processos virtuais dessa magnitude dirigidos à fortalecer capacidades de alta especificação técnica e prática, más frente ä necessidade atual, PROMECAFÉ e seus aliados estratégicos abriram o caminho e conseguiram projetar e direcionar com sucesso o diplomado internacional, o que considero é um exemplo muito importante de esforço e integração regional para o setor cafeteiro,” comentou Harold Gamboa, Coordenador da Unidade Executora Regional do PROCAGICA.

“Mancomunamos esforços, otimizamos recursos e demos vida nova a um sistema de treinamento que continuará sendo parte dos recursos que o PROMECAFÉ utiliza para o benefício dos seus países membros,” disse Gamboa.

Mais informações:

Gerência de Comunicação Institucional do IICA

comunicacion.institucional@iica.int