Ir Arriba

A iniciativa de restauração Solos Vivos nas Américas mostrou na COP-27 do Egito as soluções climáticas que trouxe para a agricultura do continente

Rattan Lal, considerado la máxima autoridad mundial en ciencias del suelo; Cleber Soares, Secretario Adjunto de Innovación y Tecnología del Ministerio de Agricultura, Ganadería y Abastecimiento de Brasil;  Fernando Mattos, ministro de Ganadería, Agricultura y Pesca de Uruguay; y la Representante del IICA en Estados Unidos, Margaret Zeigler, durante la presentación de la iniciativa Suelos Vivos en las Américas en la COP27, evento en el que también estuvo presente el Director General del Instituto, Manuel Otero (primero a la izquierda).
Rattan Lal, considerado a máxima autoridade mundial em ciências do solo; Cleber Soares, Secretário Adjunto de Inovação e Tecnologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil; Fernando Mattos, Ministro de Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai; e a Representante do IICA nos Estados Unidos, Margaret Zeigler, na apresentação da iniciativa Solos Vivos nas Américas na COP-27, evento de que também participou o Diretor Geral do Instituto, Manuel Otero (primeiro à esquerda).

Sharm el-Sheik, Egito, 17 de novembro de 2022 (IICA) – Solos Vivos nas Américas, programa que o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e o laureado cientista Rattan Lal vêm desenvolvendo há dois anos, foi apresentado na COP-27, o foro de maior relevância global em que se discute a luta contra a mudança do clima e pela proteção dos recursos naturais.

As realizações dessa iniciativa, que conseguiu articular com êxito esforços públicos e privados para combater a degradação dos solos, foram relatadas por diversos de seus protagonistas em um evento na Casa da Agricultura Sustentável das Américas, pavilhão que o IICA instalou no Centro de Convenções de Sharm el-Sheikh com o apoio de seus países membros e parceiros internacionais.

Rattan Lal, considerado a máxima autoridade mundial em ciências do solo e Diretor do Centro de Gestão e Sequestro de Carbono (C-MASC) na Universidade Estadual de Ohio, enfatizou que 40% da terra no mundo é usada para a agricultura e que os sistemas agroalimentares são fonte de 33% do total de gases de efeito estufa – o que não impede que centenas de milhões de pessoas no mundo sofram de fome e desnutrição.

“Por isso, o objetivo desse programa que iniciamos com o IICA é contribuir para deter os processos de degradação da terra mediante a gestão dos solos. Esta é a única maneira de garantir a saúde dos ecossistemas e das sociedades”, afirmou.

Lal, ganhador do Prêmio Mundial da Alimentação em 2020, Embaixador de Boa Vontade do IICA e Enviado Especial do Instituto à COP-27, observou que o solo pode ser utilizado como sumidouro de carbono, o que faz da agricultura uma solução para a mudança do clima e para a crise ambiental.

“Fico cada vez mais otimista quando escuto o compromisso dos pequenos agricultores e dos formuladores de políticas públicas. Com a liderança do IICA resolveremos o dilema de proteger nossos recursos naturais e garantir, ao mesmo tempo, a segurança alimentar”, acrescentou Lal.

Manuel Otero, Director General del IICA, dio detalles del programa y explicó que su idea central es sensibilizar a países y productores rurales acerca de la importancia de cuidar la salud de los suelos, como una acción indispensable para contribuir a un futuro de prosperidad.
Manuel Otero, Diretor Geral do IICA, detalhou o programa e explicou que sua ideia central é sensibilizar os países e os produtores rurais sobre a importância de se cuidar da saúde dos solos, ação indispensável para se ter um futuro de prosperidade.

Manuel Otero, Diretor Geral do IICA, detalhou o programa e explicou que sua ideia central é sensibilizar os países e os produtores rurais sobre a importância de se cuidar da saúde dos solos, ação indispensável para se ter um futuro de prosperidade.

Parceria público-privada como eixo

O Ministro de Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Fernando Mattos, e o Secretário Adjunto de Inovação e Tecnologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Cleber Soares, foram dois dos palestrantes no evento, que também teve um segmento dedicado às empresas associadas à iniciativa.

Participaram Mauricio Rodrigues, Presidente da Bayer Crop Science América Latina, e Daniel Vennard, Chefe de Sustentabilidade da Syngenta. A Representante do IICA nos Estados Unidos, Margaret Zeigler, foi a moderadora. A iniciativa é apoiada pela Bayer, Syngenta e PepsiCo.

“Não haverá produção se não tivermos solos vivos. Por isso, precisamos cuidar e entender constantemente os solos. O Uruguai tem uma longa história nessa matéria”, afirmou Mattos.

O ministro uruguaio explicou que, em seu país, todos os produtores agropecuários têm a obrigação de apresentar um plano de gestão de solos e que cabe a seu ministério punir condutas inadequadas, realizando para tanto uma contínua fiscalização.

“Os produtores têm forte consciência da necessidade de proteger o solo, que é seu principal recurso”, apontou.

El Director General del IICA, Manuel Otero, junto a Hipólito Mejía, expresidente y exministro de Agricultura de la República Dominica y Embajador de Buena Voluntad del IICA en temas de Desarrollo Agropecuario Sostenible.
O Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, com Hipólito Mejía, ex-Presidente e ex-Ministro da Agricultura da República Dominica e Embaixador de Boa Vontade do IICA em Temas de Desenvolvimento Agropecuário Sustentável.

Cleber Soares, ex-Diretor da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), disse que, no Brasil, os solos são quase todos muito pobres, à diferença da Argentina e do Uruguai, cuja fertilidade natural é muito boa. “Por isso”, reconheceu, “há 40 ou 50 anos investimos muito em fertilização e no combate à acidificação. Se não, o Brasil não seria o que é na agropecuária”.

Soares explicou que o Brasil fez uma verdadeira revolução em fertilização e que hoje planta 40 milhões de hectares utilizando a fixação biológica de nitrogênio. “Pesquisamos permanentemente e temos 17 milhões de hectares com tecnologias altamente descarbonizantes”, revelou.

Daniel Vennard referiu-se à contribuição da indústria para o cuidado dos solos. “Podemos utilizar inovação e conhecimento para entender melhor o solo. Estamos trabalhando em novas variedades que requerem menos nutrientes, o que favorece a redução do uso de fertilizantes e ajuda os agricultores a otimizar a utilização de insumos”, informou.

“Nossa indústria é um ator muito importante para assumir essa agenda e ver como podemos acelerá-la”, acrescentou.

Maurício Rodrigues, com 20 anos de experiência na América Latina, falou das parcerias de sua companhia para impulsionar projetos de cultivos de batata na Argentina, café no Brasil e produção de leite no Chile, entre outros.

“Seguimos focados na combinação entre inovação e sustentabilidade e continuaremos avançando na colaboração com instituições científicas públicas, como a EMBRAPA no Brasil, e com universidades”, concluiu.

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int