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Na OEA, o Diretor Geral do IICA enfatiza o vínculo indissolúvel entre o setor agrícola e a sustentabilidade ambiental e embaixadores respaldam a ação do Instituto para modernizar os sistemas agroalimentares

Cecilia Urquieta, Consejera y representante alterna de Bolivia ante la OEA; Véronique Dulude, Representante alterna de Canadá; Alejandra Solano; Embajadora y Representante permanente de Costa Rica;  Sebastián Kraljevich, Embajador y Representante permanente de Chile, Agustín Vásquez, Embajador y Representante permanente de El Salvador; y Manuel Otero, Director General de IICA. 
Cecilia Urquieta, Conselheira e Representante Alterna da Bolívia junto à OEA; Véronique Dulude, Representante Alterna do Canadá; Alejandra Solano; Embaixadora e Representante Permanente da Costa Rica; Sebastián Kraljevich, Embaixador e Representante Permanente do Chile, Agustín Vásquez, Embaixador e Representante Permanente de El Salvador; e Manuel Otero, Diretor Geral de IICA.

São José, 19 de agosto de 2022 (IICA) – O Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, apresentou ao Conselho Permanente da OEA o Relatório Anual 2021, em que detalhou o trabalho do organismo especializado na produção agropecuária, no desenvolvimento rural e na segurança alimentar das Américas e enfatizou as contribuições do setor para a sustentabilidade ambiental global.

Na reunião, Otero destacou o papel da agricultura como “eixo estratégico da vida e do futuro do nosso continente” pelas suas contribuições econômicas, sociais e ambientais. Também ressaltou que, na próxima Conferência das Partes (COP 27) na Convenção Quadro da ONU sobre Mudança do Clima, que se realizará em novembro no Egito, o IICA apoiará os países americanos para mostrar que os seus sistemas agroalimentares não são malsucedidos, “mas são aperfeiçoáveis e que, graças ao trabalho dos produtores, da ciência e da inovação, muitas coisas positivas estão acontecendo na agricultura e na ruralidade das Américas”.

Otero informou, além disso, que o roteiro renovado da cooperação técnica do IICA privilegia os temas de “ação climática e sustentabilidade agropecuária, comércio intrarregional, desenvolvimento territorial, agricultura familiar, agricultura digital, incorporação dos jovens e das mulheres aos processos produtivos, inovação e sanidade, qualidade e inocuidade dos alimentos”.

Manuel Otero também retratou o IICA como uma plataforma de gestão de conhecimento, com um modelo de negócio mais “integrado e articulado” que estabelece “mecanismos de diálogo com todos os atores dos sistemas agroalimentares”, o que lhe permite atuar como “ponte e promotor da ação coletiva para a transformação” desses sistemas.

Neste sentido, observou que o investimento é crucial para modernizar o agro, fortalecer os sistemas de pesquisa e inovação, incorporar a ciência e a tecnologia na produção e desenvolver uma nova geração de políticas públicas e de institucionalidade para transformar as ameaças em oportunidades.

“Transmitimos uma visão de futuro, de uma agricultura inovadora, com rosto humano, que precisa ser resiliente, sustentável e, por certo, produtiva. É a agricultura intensiva em conhecimento sobre a qual estamos trabalhando com os países”, afirmou Otero.

Após a exposição, embaixadores e representantes dos países na OEA apoiaram e avalizaram as ações do IICA, ressaltando a sua importância para o apoio à modernização dos sistemas agroalimentares regionais e a coordenação de esforços dos países para posicionar o setor agrícola das Américas como protagonista diante dos grandes desafios globais, entre eles a mudança do clima.

“Felicitar o IICA pelo seu árduo trabalho para melhorar a segurança alimentar e o bem-estar nas Américas. Para o Canadá, a capacidade técnica do Instituto de elaborar e implementar projetos de segurança alimentar do continente é muito importante. Compartilhamos a opinião sobre um comércio agroalimentar baseado em ciência e uma forte renovação que promova uma agricultura competitiva, para nos assegurarmos de que os nossos agricultores dispõem das ferramentas necessárias para uma produção sustentável”, disse Véronique Dulude, Representante Alterna do Canadá junto à OEA.

“O Canadá pensa que o IICA tem a importante função de promover a biotecnologia como uma das ferramentas à disposição dos produtores na região. Reiteramos a abertura a continuarmos colaborando com o IICA para melhorar a sustentabilidade dos produtores e a segurança alimentar nas Américas”, acrescentou.

A Embaixadora e Representante Permanente da Costa Rica, Alejandra Solano, agradeceu o apoio do IICA em ações para o seu país, como a proposta de seguro agropecuário para a região centro-americana, um projeto de digitalização de cooperativas para a geração de processos de transferência de tecnologias e práticas inovadoras, o aproveitamento que mais de 160 usuários fizeram do laboratório de Fabricação Digital Fab Lab e o projeto Sistemas Agroflorestais Adaptados para o Corredor Seco Centro-Americano (AGRO-INOVA).

“Reiteramos uma vez mais o compromisso do IICA de alcançar esses objetivos. Os últimos anos têm desvendado a importância estratégica da agricultura no mundo. Como o Diretor Geral disse, a produção agropecuária é um elo imprescindível e central para a transformação dos sistemas agroalimentares, a ciência é a contribuição fundamental para uma adequada formulação de políticas e a agricultura é parte dessa solução”, disse Solano.

O Embaixador e Representante Permanente do Chile, Sebastián Kraljevich, resgatou a assistência oferecida pelo Instituto na potencialização de um sistema de irrigação com vasos de barro, uma inovação sustentável que utiliza tecnologia ancestral, bem como a assessoria técnica permanente a pequenos produtores mapuches para o desenvolvimento de capacidades em produtividade frutícola e hortícola, ações para a mitigação e adaptação à mudança do clima no Sistema Intensivo de Cultivo de Arroz (SRI) e a criação de um diploma em extensão rural, entre outras ações.

“Agradecemos o seu trabalho de estímulo, promoção e apoio aos Estados membros para se alcançar o desenvolvimento agrícola e o bem-estar rural, por meio da cooperação internacional de excelência. Isso confirma a importância de se dispor de um modelo eficiente, capaz de mobilizar os conhecimentos disponíveis na região e no mundo com vistas a uma agricultura intensiva em conhecimento e, portanto, competitiva, inclusiva e sustentável, capaz de aproveitar as oportunidades de contribuir para o crescimento econômico e o desenvolvimento rural dos nossos países”, complementou Kraljevich.

Agustín Vásquez, Embaixador e Representante Permanente de El Salvador, enfatizou o acompanhamento do IICA ao Plano Mestre de Resgate Agropecuário do seu país, bem como as ações no âmbito do “programa cafeeiro, da produção de legumes e de outras iniciativas como parte de uma estratégia para o fortalecimento da segurança alimentar e a redução da dependência das importações no país”.

“Determinamos isso dentro das principais apostas para a reativação econômica do setor agrícola. O objetivo é incentivar o investimento, a produtividade, a diversificação e a geração do valor agregado por meio da inovação e modernização do setor, com o objetivo de melhorar a sua rentabilidade e competitividade, seguindo-se um enfoque de sustentabilidade ambiental em que o IICA foi fundamental”, indicou Vázquez.

Cecilia Urquieta, Conselheira e Representante Alterna da Bolívia, concluiu que o IICA “tem sido importante para o fortalecimento das políticas públicas voltadas para a soberania alimentar do país” e enumerou apoios recebidos pelo Ministério do Desenvolvimento Rural e Terras do seu país, como a modernização dos processos agrários mediante o acesso a tecnologias em 98 municípios, a implementação de uma planta comunal de bioinsumos para melhorar a renda e diminuir os custos de produção e o fortalecimento de capacidades de produtores e técnicos mediante cursos e outras ferramentas em comercialização, liderança, inovação e agricultura de precisão.

“Manifestamos o nosso agradecimento ao IICA pelo trabalho realizado e valorizamos o seu trabalho no Sistema Interamericano, cuja contribuição é importante para garantir a soberania alimentar dos nossos povos e cumprir a agenda 2030, acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e a melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável na América e no Caribe”, afirmou Urquieta.

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
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