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Países expressam forte apoio ao roteiro do IICA, renovado para enfrentar os desafios à segurança alimentar global

Los ministros y representantes de más de 20 países de las Américas participantes en la 42ª. Reunión Ordinaria del Comité Ejecutivo del IICA, coincidieron en que para garantizar la continuidad de una cooperación técnica de excelencia, resulta clave interpretar correctamente un escenario que agiganta el rol del continente como garante de la seguridad alimentaria, nutricional y ambiental del planeta.
Os ministros e representantes de mais de 20 países das Américas participantes da Quadragésima Segunda Reunião Ordinária do Comitê Executivo do IICA, concordaram em que, para se garantir a continuidade de uma cooperação técnica de excelência, é fundamental interpretar corretamente um cenário que agiganta o papel do continente como avalista da segurança alimentar, nutricional e ambiental do planeta.

São José, 20 de julho de 2022 (IICA) – Ministros e representantes de mais de 20 países das Américas apoiaram a proposta de renovação do Plano de Médio Prazo (PMP) do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), roteiro que guiará as ações e prioridades do organismo especializado em desenvolvimento agropecuário e rural entre 2022 e 2026 e que foi adequado ao contexto de crises que ameaçam a segurança alimentar.
 
As modificações ao plano institucional foram discutidas na Quadragésima Segunda Reunião Ordinária do Comitê Executivo do IICA, cujos participantes concordaram em que, para se garantir a continuidade de uma cooperação técnica de excelência, é fundamental interpretar corretamente um cenário que agiganta o papel do continente como avalista da segurança alimentar, nutricional e ambiental do planeta.
 
Os ajustes ao plano do IICA têm o objetivo de manter e afinar ainda mais o alinhamento entre a ação institucional e as demandas e necessidades da época, marcada pela confluência de fatores sanitários, sociais, ambientais e econômicos, agravados pelo conflito bélico no Leste Europeu, que geraram um quadro preocupante em termos de pobreza e insegurança alimentar que tensiona as bases dos sistemas produtivos da região.
 
Eleita presidente do Comitê Executivo, órgão de governo do IICA, no início da sessão, a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária de Honduras, Laura Suazo, ressaltou o trabalho do Diretor Geral do organismo, Manuel Otero, e observou que o desafio maior para qualquer plano regional é combater a pobreza.
 
“A realidade em que a maioria dos camponeses pratica a agricultura é a de condições de pobreza que não lhes permite adquirir sequer o básico, em um modelo de agricultura que depende altamente de insumos externos. Isso estava muito claro desde antes da pandemia e da guerra na Europa”, disse a ministra hondurenha.
 
O plano reconhece a aceleração dos processos de inovação tecnológica, que requerem investimento e ajuste das estruturas institucionais e a necessidade de se hierarquizar a ação climática em relação aos sistemas agroalimentares no caminho para a COP-27, que terá a agricultura como tema prioritário.
 
Os representantes dos países coincidiram em afirmar que nessa Conferência da ONU sobre Mudança do Clima, que se realizará em novembro no Egito, a voz poderosa das Américas deverá ser ouvida, colocando em primeiro plano os avanços do continente na produção de alimentos a favor da resiliência e do cuidado dos recursos naturais e mostrando a agricultura como parte da solução para os desafios da mitigação e da adaptação.
 
São sete as áreas-chave que formam a coluna vertebral da proposta de cooperação técnica do IICA para responder à demandas dos países e gerar soluções nacionais, regionais e hemisféricas efetivas no período 2022-2026: Inovação e bioeconomia; Ação climática e sustentabilidade agropecuária; Desenvolvimento territorial e agricultura familiar; Equidade de gênero e juventude; Digitalização agroalimentar; Sanidade agropecuária, inocuidade e qualidade dos agroalimentos; e Comércio internacional e integração regional.
 
O caminho para o bem-estar rural
 
“Nos dois últimos anos, vêm surgindo crises que afetam as sociedades como um todo. A situação se agravou com o conflito bélico na Ucrânia. Mas hoje, como há 80 anos atrás, quando o IICA foi fundado, vislumbramos para o setor agroalimentar da América uma luz que permite que não nos percamos no caminho para o desenvolvimento e o bem-estar rural”, observou Laura Bonilla Coto, Ministra da Agricultura e Pecuária da Costa Rica.
 
O representante do Ministério da Agricultura e Agroindústria do Canadá, Aleksandar Jotanovic, observou que seu país respalda as ações do IICA em matéria de inovação na agricultura, que considera essencial para se produzir mais e de maneira mais sustentável.
 
“Cremos que é preciso dar-se a oportunidade de repensar o modelo de desenvolvimento. O Chile é um país que tem se baseado em um modelo agroexportador altamente bem-sucedido nos últimos anos, mas sentimos que é necessário explorar outros caminhos e que o IICA pode nos emprestar a casa para a discussão”, afirmou Alberto Niño de Zepeda, do Ministério da Agricultura do Chile.
 
Joe Hain, Diretor de Relações Multilaterais do Serviço Exterior Agrícola (FAS) dos Estados Unidos, destacou a liderança do IICA e enfatizou o fato de ele ter levado a voz da agricultura das Américas à Cúpula sobre Sistemas Alimentares 2021 da ONU. “Apoiamos o caminho do IICA, especialmente quanto à priorização da ação para o clima em agricultura, o aproveitamento da tecnologia para a produção e a valorização do comércio internacional”, afirmou.
 
“Desde o início da pandemia, a liderança do IICA foi muito eficiente em detectar os desafios do setor agrícola e responder às necessidades de seus membros”, disse Fernando Zelner, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, que se manifestou a favor de que os países das Américas continuem fortalecendo sua posição conjunta para demonstrar ao mundo a realidade da agricultura do continente.
 
María de Lourdes Cruz Trinidad, da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do México, valorizou em especial o trabalho do IICA em equidade de gênero e juventude, “já que, como se sabe, a migração rural representa uma proporção considerável dos fluxos de migrações internos e internacionais, em contextos nacionais de crise prolongada em que o emprego juvenil rural se torna um desafio”.
 
O representante da Guatemala na reunião, César Vinicio Arreaga, apoiou vigorosamente a proposta de que a agricultura das Américas se apresente com uma voz forte no nível global, “não somente frente à COP-27, mas para uma população que precisa de alimentos e que devemos abastecer”.
 
Ángelo Quintero, representante da Colômbia, destacou que os ajustes ao Plano de Médio Prazo do IICA “levam em conta, não somente as variáveis da mudança do clima, mas tudo o que tem a ver com a competitividade, a inovação e o desenvolvimento econômico e social do território, o que para nós é fundamental”.

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
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