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A Secretária de Agricultura de Honduras assumiu a presidência do Comitê Executivo do IICA com um enérgico chamado ao combate à pobreza dos agricultores e à promoção da sustentabilidade

Laura Suazo
A Secretária de Agricultura e Pecuária de Honduras, Laura Suazo, foi eleita Presidente do Comitê Executivo do IICA.

São José, 20 de julho de 2022 (IICA) – A Secretária de Agricultura e Pecuária de Honduras, Laura Suazo, foi eleita Presidente do Comitê Executivo do IICA, órgão de governo do organismo internacional especializado, de onde fez um chamado à adequação dos planos de desenvolvimento agropecuário para se mudar pela raiz uma realidade de pobreza e má nutrição que leva a abandonos de propriedades e territórios rurais e faz disparar processos dolorosos de migrações.

Engenheira agrônoma formada na prestigiosa Escola Agrícola Pan-Americana El Zamorano, com mestrado em mudança do clima e gestão ambiental e doutorado na Universidade de Cornell em agricultura internacional e sociologia ambiental, Suazo é uma das profissionais da agricultura mais respeitadas de Honduras, onde teve uma trajetória profissional associada à promoção da agricultura sustentável, à segurança alimentar, à mudança do clima, à gestão integral do risco e ao desenvolvimento sustentável inclusivo.

Produtora agropecuária, atividade que exerceu em uma empresa familiar, Suazo promoveu, desde sua nomeação como Secretária, a agricultura ecológica e o financiamento alternativo como ferramentas para erradicar a pobreza.

“Creio que o desafio maior para qualquer plano nacional, para qualquer plano de trabalho comunitário e para esse plano regional continua sendo para nós acabar com a pobreza”, disse Suazo, referindo-se também ao roteiro do IICA que guiará as ações do organismo no período 2022-2026.

A Ministra hondurenha lembrou que “a realidade da pobreza é a realidade em que a maioria dos camponeses e agricultores desenvolvem e praticam a agricultura, os quais não são capazes de adquirir sequer o básico de um modelo de agricultura que depende altamente de insumos externos”.

Neste sentido, fez um chamado à reflexão sobre “o que estamos fazendo de errado”, porque, declarou, é isso que “eu, como Ministra da Agricultura, quero aprender para que as mudanças que fizermos sejam mais rápidas”.

Além disso, observou que, “no caso dos centro-americanos, se abatem todos os dias sobre eles o tema da migração interna” e “um movimento de medo social como as caravanas de migrantes, e que todos os dias as pessoas estão arriscando sua vida na fronteira para chegar a países onde há emprego”.

Por isso, a Secretária indicou a agricultura como a grande opção de desenvolvimento para seu país, para alimentar a população e gerar divisas, e, nesse sentido, manifestou sua preocupação com as dificuldades para o fornecimento de fertilizantes, cujo comércio foi globalmente afetado pela guerra no Leste Europeu.

“Somado a esse tema de fertilizantes, também creio que o IICA desempenha o papel sumamente importante de rever o tema do setor agrícola em que os produtores e as produtoras são os que menos ganham na cadeia, e isso continua se repetindo por anos e por décadas. Como conseguirão assim sair da pobreza?”.

Ademais, ao final de sua intervenção, a ministra hondurenha fez um apelo à revisão dos acordos de livre comércio vigentes.

“Vivemos um desafio incrivelmente grande para a produção e, com a ameaça tremenda em que a maioria dos produtores vive por não ter uma renda e não poder competir com os preços internacionais, todos os dias eles nos ameaçam com o abandono da agricultura. Coloco isso como uma reflexão – me dá pena fazê-lo porque é uma reflexão dura mas é real – e eu aqui conclamo a que todos nós encontremos soluções conjuntas que, de alguma forma, se refletem nessa proposta de ajustes ao plano institucional do IICA”, concluiu.

 

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