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Sistema agroalimentar regional aumentaria o comércio e reduziria as vulnerabilidades rurais na América Central

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Patrícia Palma, diretora do Programa de Sistemas de Informação para Resiliência em Segurança Alimentar e Nutricional da Região do Sistema de Integração da América Central (PROGRESAN-SICA), e o consultor internacional especializado em economia Carlos Pomareda.

San José, 26 de junho de 2020 (IICA) - O desenvolvimento de um sistema agroalimentar regional que promova a modernização da agricultura, gere valor agregado, aproveite a tecnologia e aumente o comércio entre países, foi a principal estratégia apoiada por especialistas para fortalecer a segurança alimentar na América Central na pós-pandemia.

Patrícia Palma, diretora do Programa de Sistemas de Informação para Resiliência em Segurança Alimentar e Nutricional da Região do Sistema de Integração da América Central (PROGRESAN-SICA), e o consultor internacional especializado em economia Carlos Pomareda, discutiram essa estratégia em um seminário virtual organizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

Os especialistas descreveram que os impactos do Covid-19 na América Central têm dimensões sociais, políticas, econômicas e de saúde.

Em pelo menos quatro países da região, existem cerca de 4,4 milhões de pessoas em situação de crise alimentar, número que, apontaram, a atual emergência sanitária pode dobrar.

"Não foram capazes de resolver as causas estruturais da insegurança alimentar e nutricional, apesar dos esforços dos países, o progresso é menor, constituindo um dos desafios mais importantes para a região, especialmente enfrentando essa pandemia", afirmou Palma.

"Existe uma situação que podemos ver na América Central e não em outras regiões; há um círculo vicioso documentado de desnutrição e doenças infecciosas, que também representam uma maior letalidade antes do Covid-19", acrescentou.

Na conversa virtual, destacou-se o risco nutricional enfrentado pelos habitantes dos territórios rurais, principalmente os dedicados ao cultivo de grãos básicos, uma vez que é maior a vulnerabilidade a situações estruturais e conjunturais.

"Temos a oportunidade de refletir profundamente sobre como fortalecemos o sistema, talvez com elementos que não existiam antes, como produtos fortificados que nos ajudam a melhorar a saúde, esse é o grande desafio", disse Carlos Pomareda.

Os especialistas concordaram que o modelo agrícola pós-pandemia deve garantir aos responsáveis ​​pela produção, maior incidência do setor privado nas estratégias de desenvolvimento sustentável e nas quais mulheres e jovens tenham participação plena e justa.

Veja o seminário completo aqui:

Mais informação:

Gestão da Comunicação Social

comunicacion.social@iica.int