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Visando a COP27, países das Américas exaltam a capacidade do IICA para promover uma ação coletiva e respaldam o trabalho técnico para uma agricultura produtiva e sustentável

SACMI 2022
Acima: Manuel Otero, Diretor Geral do IICA; Ariel Martínez, Subsecretário de Coordenação Política do Ministério da Agricultura da Argentina; Aleksandar Jotanovic, Oficial Sênior para Assuntos Multilaterais do Ministério da Agricultura e Alimentação do Canadá; e Jesús de los Santos, Coordenador de Programas Especiais e Assessor do Ministro da Agricultura da República Dominica. Abaixo: María de Lourdes Cruz, Coordenadora Geral de Assuntos Internacionais da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural (SADER) do México; Francisco Narváez, Coordenador Geral Administrativo Financeiro do Ministério da Agricultura do Equador; Joe Hain, Diretor de Assuntos Multilaterais no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA); e Marcelo González, Vice-Ministro de Pecuária do Paraguai.

São José, 19 de maio de 2022 (IICA) — Altos funcionários dos Ministérios e Secretarias de Agricultura de 10 países do continente americano exaltaram a capacidade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) de promover ações coletivas em benefício da região e destacaram o trabalho técnico do organismo para fortalecer a segurança alimentar, a resiliência climática, o comércio e a saúde, em um momento crítico para o mundo em termos de produção e abastecimento de alimentos.

As manifestações de apoio foram feitas em uma reunião virtual da Comissão Consultiva Especial de Assuntos Gerenciais (CCEAG), uma instância de assessoramento do Diretor Geral do IICA para fortalecer a capacidade operacional do organismo especializado em desenvolvimento agrícola e rural.

“O IICA representa os interesses da região em um momento em que os diversos blocos regionais e os diversos olhares sobre a forma de produzir, sobre as diversas preocupações existentes em relação ao comércio e a mudança do clima se configuraram. Acreditamos que a nossa região também deve reconfigurar um bloco que leve adiante uma visão que interprete os interesses de nossos produtores, de nossos pequenos produtores da agricultura, que hoje são parte fundamental da segurança alimentar e parte da solução que tem como lema produzir mais com menos”, disse Ariel Martínez, Subsecretário de Coordenação Política do Ministério da Agricultura da Argentina.

“Vemos esses encontros ministeriais organizados pelo IICA como de suma importância para discutir qual é a melhor maneira para enfrentar desafios como os gerados pela pandemia ou pela mudança do clima. Todos temos um papel a desempenhar e, no Canadá, estamos abertos à colaboração”, expressou o Oficial Sênior para Assuntos Multilaterais do Ministério da Agricultura e Alimentação do Canadá, Aleksandar Jotanovic.

“Reconhecemos o IICA como uma ponte na promoção de ações coletivas. O nosso país está passando por uma reestruturação de todo o setor agrícola, e o Observatório de Políticas Públicas desenvolvido pelo IICA nos cai como uma luva”, mencionou Jesús de los Santos, Coordenador de Programas Especiais e Assessor do Ministro da Agricultura da República Dominica, que também agradeceu pelo apoio do Instituto em atenção ao surto de peste suína africana no seu país.

Por sua vez, Joe Hain, Diretor de Assuntos Multilaterais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), indicou que “os investimentos depositados pelos países no IICA demonstram o apoio a uma instituição que está comprometida com o bem-estar de todos os nossos agricultores”.

“O IICA tem uma enorme tradição e respeito no Equador, um país com ampla vocação agrícola”, disse, por sua vez, Francisco Narváez, Coordenador Geral Administrativo Financeiro do Ministério da Agricultura do Equador.

Como parte dos ajustes demandados pela região para enfrentar essa multiplicidade de desafios, a representante do México no encontro, María de Lourdes Cruz, Coordenadora Geral de Assuntos Internacionais da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural (SADER), destacou a necessidade de “dispor de uma colaboração sólida entre redes de cientistas e parcerias entre centros de pesquisa agrícola em todo o mundo para descobrir as inovações científicas mais recentes e incorporá-las aos sistemas produtivos das cadeias alimentares”.

O Diretor Geral do IICA indicou que o organismo “é uma instituição de diálogo que visa promover o consenso e então colocá-lo em ação. O organismo deve reafirmar seu papel como uma instituição ponte que conecta atores, temas, países e sub-regiões, inclusive com outros continentes, e de ser promotores da ação coletiva das Américas”.

O caminho para a cúpula climática no Egito

Um dos aspectos destacados na reunião foi a importância de que a agricultura se destaque como uma solução diante dos desafios climáticos na próxima Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP27), que ocorrerá de 7 a 18 de novembro de 2022 no Egito.

Os representantes dos países destacaram o êxito do IICA ao unir as vozes de 34 países antes da Cúpula de Sistemas Alimentares das Nações Unidas de 2021, e se espera que essa experiência sirva de base para os eventuais consensos que a região possa alcançar antes da COP 27.

“Devemos demonstrar que nossos sistemas são efetivamente sustentáveis, precisamos reunir informações de base científica para demonstrar e comunicar isso, de modo a nos posicionarmos para a COP 27, na qual o IICA reitera que está a serviço dos países membros e na qual queremos posicionar a agricultura da região”, manifestou Manuel Otero.

Otero também se referiu aos efeitos do conflito na Europa para a segurança alimentar do mundo em termos de oferta, demanda e distribuição de alimentos.

“O nosso continente, hoje mais do que nunca, é chamado a ser o avalista da segurança alimentar e ambiental do planeta. Esse conflito coloca em tensão os principais pilares da segurança alimentar mundial e deve ser objeto de um acompanhamento especial. A agricultura é um instrumento para a paz, e devemos ajudar, construindo cada vez mais essa ponte, sendo mais efetivos para nos ajudar mutuamente e, sobretudo, considerando as regiões mais vulneráveis”, concluiu.

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