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Argentina e Costa Rica avançam em uma agenda de cooperação sobre agricultura sustentável

Junto a los ministros de Agricultura, Ganadería y Pesca de Argentina, Luis Basterra, y de Agricultura y Ganadería de Costa Rica, Renato Alvarado Rivera, participó en el encuentro el Director General del Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura (IICA), Manuel Otero.
Na reunião dos Ministros da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Luis Basterra, e da Agricultura e Pecuária da Costa Rica, Renato Alvarado Rivera, participaram também o Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, o embaixador argentino na Costa Rica, Luis Eugenio Bellando, a embaixadora costarriquenha na Argentina, Ginette Campos Rojas, os representantes do IICA na Argentina e na Costa Rica, Caio Rocha e Miguel Arvelo, respectivamente, e funcionários das chancelarias e dos ministérios da agricultura dos dois países.

Buenos Aires/São José, 18 de maio de 2021 (IICA). A Argentina e a Costa Rica acordaram somar forças para a elaboração de uma agenda de cooperação bilateral baseada em agricultura sustentável, que servirá também para potencializar estratégias regionais.

Os ministros da agricultura dos dois países se reuniram para explorar opções de coordenação e posicionamento em comum em matéria de segurança alimentar, desenvolvimento sustentável, agricultura familiar, questões de gênero e responsabilidades comuns, entre outros temas de interesse para o futuro do continente.

Com os Ministros da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Luis Basterra, e da Agricultura e Pecuária da Costa Rica, Renato Alvarado Rivera, também participou do encontro o Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero.

Participaram ainda da reunião o embaixador argentino na Costa Rica, Luis Eugenio Bellando, a embaixadora costarriquenha na Argentina, Ginette Campos Rojas, os representantes do IICA na Argentina e na Costa Rica, Caio Rocha e Miguel Arvelo, respectivamente, e funcionários das chancelarias e dos ministérios da agricultura dos dois países.

O IICA está promovendo uma agenda de cooperação entre os dois países, ao mesmo tempo em que trabalha com todas as nações das Américas na construção de uma visão hemisférica comum frente à Cúpula sobre Sistemas Alimentares 2021, convocada pelas Nações Unidas.

Na reunião virtual, Basterra e Alvarado exploraram opções de coordenação e posicionamento em comum e conversaram sobre as opções de cooperação triangular entre as duas nações e o IICA.

O ministro argentino agradeceu a colaboração do IICA na definição de diretrizes estratégicas do Conselho Agropecuário do Sul (CAS) – que também é integrado por Brasil, Paraguai, Uruguai e Chile – consideradas como o primeiro passo para a construção de uma visão regional compartilhada para a Cúpula.

“A nossa estratégia foi começar a conversar com os vizinhos. Estamos em um mundo que, à diferença do que acontecia em outras épocas, tende a fechar-se pela situação de pandemia e a gerar protecionismo”, disse Basterra.

“Uma primeira definição que alcançamos”, acrescentou, “é que as Américas somos grandes fornecedores de alimentos, e a segunda é que o fazemos com clara consciência do imenso capital natural do nosso continente. Somos os principais fornecedores de alimentos, mas também somos de serviços ecossistêmicos”.

Basterra foi enfático ao falar da necessidade de se acordar uma estratégia continental: “Existe uma realidade de identidade entre os países das Américas e temos o compromisso de nos pormos de acordo e construirmos políticas comuns. Os direitos dos nossos países precisam ser considerados e respeitados na articulação do mundo global”.

O Ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina também defendeu os modos de produção praticados no país: “Estamos fazendo agricultura de maneira sustentável. A Argentina há 30 anos vem instrumentando mecanismos que permitiram a recuperação da capacidade dos solos. A geração que está produzindo hoje entrega à geração seguinte um solo melhor do que aquele que recebeu. Isso acontece porque valorizamos o nosso capital natural e o papel que lhe cabe no mundo”.

O ministro costarriquenho, a sua vez, agradeceu ao IICA pela sua contribuição para a aprofundamento das relações e da colaboração entre os países do Hemisfério.

“Vemos a pandemia como uma ocasião para pôr sobre a mesa que a agricultura é o motor do desenvolvimento rural, porque ficou claro que o setor agropecuário gera riqueza e oportunidades ali aonde ainda não chegaram indústrias de alta tecnologia”, disse Alvarado, que explicou que a Costa Rica reflorestou 50% do seu território e tem 25% da sua superfície sob a proteção de alguma categoria de conservação.

Na sua visão, “chegamos à conclusão de que não podemos continuar pensando na sustentabilidade ambiental se não pensamos na sustentabilidade da nossa agricultura. O país vem trabalhando fortemente na conservação, mas não temos ainda uma visão clara de como ressarcir os agricultores pelo esforço que fazem para mitigar as emissões de gases que contribuem para a mudança do clima. Os pequenos agricultores e as pequenas agricultoras devem ter acesso a instrumentos e mercados que lhes permitam seguir adiante. Devemos pensar no que fazer para os nossos jovens se encantarem com a agricultura e não abandonarem o campo”.

O ministro costarriquenho afirmou ser fundamental que o verdadeiro preço dos produtos agrícolas chegue aos produtores e não se perca na cadeia de distribuição e comercialização. Além disso, criticou as políticas protecionistas: “É preciso rever os subsídios dos países que não permitem uma competência saudável e transparente nos mercados internacionais e que excluem os nossos produtores e produtoras”, afirmou.

Por sua vez, Manuel Otero falou da disposição do IICA de colaborar na construção dessa agenda comum. “Quando os ministros da agricultura, que são os mandantes do Instituto, falam, a nossa tarefa é ouvir e passar à ação”, disse.

Otero observou a importância do ano em andamento para o futuro da agricultura pela realização, no final de setembro, da Cúpula sobre Sistemas Alimentares das Nações Unidas e considerou que a missão do IICA é “trabalhar na busca de consensos para se continuar na construção de uma posição convergente – por que não se pensar nisso? – para toda América”.

O Diretor Geral lembrou também que a promoção dessa agenda pelo IICA está vinculada à sua missão institucional de fomentar a cooperação Sul-Sul e a cooperação triangular entre os seus países membros e outros países em desenvolvimento, “de modo a se implementar o conceito do IICA como ponte para unir regiões, temas e países, fazendo com que o conhecimento seja gerido e transmitido da melhor maneira possível”.

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int