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A Argentina e o IICA aprofundarão a cooperação técnica com o setor rural da América Central e do Caribe

El Ministro de Relaciones Exteriores, Comercio Internacional y Culto de la República Argentina, Felipe Solá, expresó duranta la firma del Memorándum de Entendimientos, que la agricultura está en un proceso de gran cambio, donde la intercooperación es fundamental.
O Ministro das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto da República Argentina, Felipe Solá, disse, na assinatura do memorando de entendimento, que a agricultura passa por um processo de grande mudança em que a intercooperação é fundamental. 

São José, 16 de abril de 2021 (IICA). A Argentina e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) aprofundarão a assistência técnica conjunta a países da América Central e do Caribe em diversas áreas relacionadas com o desenvolvimento da capacidade produtiva do setor agrícola e a melhoria da vida rural.

É o que estabelece um memorando de entendimento assinado pelo Ministro das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto da República Argentina, Felipe Solá, e pelo Diretor Geral do IICA, Manuel Otero. O acordo estabelece um Programa de Cooperação Triangular e Sul-Sul, em que as nações prioritárias serão as centro-americanas e as caribenhas.

“Estamos muito contentes em assinar esse entendimento. Estamos certos da sua utilidade e sabemos que cairá em mãos experientes e muito atentas à mudança tecnológica no mundo todo”, disse Solá no evento virtual. E acrescentou: “A vida de bilhões de pessoas mudou devido à pandemia, entre as quais a dos agricultores a que se destinam programas de cooperação como estes”.

Acompanhado por Guillermo Justo Chaves, Chefe de Gabinete da Chancelaria, e por Juan Ignacio Roccatagliata, representando a Direção Geral de Cooperação Internacional, o Chanceler argentino observou que “existe um denominador comum que é a necessidade de se aumentar a produtividade via tecnologias (de manejo de insumos ou de ambas), e também de se aumentar a produtividade industrial”. E destacou a vocação do Caribe pela extensão, pela organização e pelo significado da mudança tecnológica no setor agropecuário.

“A atividade agrícola nos países do Caribe é muito diversa da que estamos acostumados a ver nos países do sul, para além do olhar político ou ideológico de cada observador. Estamos em um processo de grande mudança na agricultura e em um momento de muitos debates sobre o futuro, em que o IICA está envolvido”, observou Solá.

O novo documento segue o caminho que começou a ser percorrido em abril de 2009. Na ocasião, a Argentina e o IICA assinaram um primeiro memorando de entendimento, que assentou as bases para a realização conjunta de ações de cooperação técnica horizontal com países das Américas para a melhoria da agricultura e da vida rural.

Um dos resultados desse acordo foi o projeto API-Caribe, que fortaleceu a indústria apícola e aumentou a produtividade das colmeias em Barbados, Dominica, Santa Lúcia e Saint Kitts e Nevis, mediante o apoio de especialistas argentinos em apicultura e testes e comercialização de produtos.

“A pandemia mudou a vida de todos nós, e os agricultores não são exceção. Além disso, fez a pobreza aumentar. Do 1,4 bilhão de pobres que há no mundo, 1 bilhão vive em zonas rurais. Sabemos que enfrentamos essa situação na América Central, no Caribe e em alguns outros lugares da América do Sul e da Argentina”, disse o Chanceler argentino, lembrando que o acordo visa a “combater a pobreza dos destinatários desse programa, que são os agricultores e os que demandam alimentos”.

Por sua vez, Manuel Otero, Diretor Geral do IICA, afirmou que os desafios globais mais urgentes da atualidade – a população crescente, a perda de biodiversidade, o impacto da mudança do clima – colocam a agricultura no centro das atenções.

“Vivemos em um continente heterogêneo”, ressaltou, “em que existem regiões como a América Central e o Caribe, que vivem problemas graves de insegurança alimentar, são extremamente vulneráveis à mudança do clima e têm fraquezas nas suas estratégias de desenvolvimento rural”.

“Essas diferenças em relação à Argentina e a uma região como a do Mercosul”, acrescentou, “em que há excedentes de alimentos, sistemas nacionais de ciência e tecnologia e uma agenda pública com presença robusta nos temas agropecuários, marcam a possibilidade de se lançar pontes para conectar regiões com complementaridades. Essas diferenças também são capazes de promover a cooperação e o acesso à tecnologia e de pavimentar o caminho para a criação de correntes duradouras de comércio”.

Otero enfatizou o valor da cooperação como ferramenta de fortalecimento das relações internacionais e considerou que, para além da sua dimensão solidária, é capaz de impulsionar o desenvolvimento dos países ao incentivar a modernização do setor produtivo e a inovação da gestão pública e do comércio.

“Se a pandemia nos deixa uma lição”, concluiu, “é que o enfrentamento da crise sanitária exige mais cooperação: uma cooperação moderna, atualizada, multidimensional, multipaís e interativa, em que, para ela efetiva e ter impactos visíveis, é necessário que os parceiros dos setores público e privado atuem em conjunto”.

Otero também chamou a atenção para a situação de São Vicente e Granadinas, onde a erupção do vulcão La Soufrière ameaça a segurança alimentar. “A erupção no país irmão caribenho levou à evacuação de cerca de 20% da população total do país, que vive em zonas dedicadas à produção agrícola e à criação de gado. Certamente terá efeitos concretos sobre a segurança alimentar”, observou.

O acordo entre a Chancelaria da Argentina e o IICA tem o objetivo de facilitar a transferência de conhecimentos e experiências em agricultura e vida rural.

El acuerdo entre la Cancillería argentina y el IICA tiene el objetivo de facilitar la transferencia de conocimientos y experiencias, orientadas en materia de agricultura y el medio rural.
O acordo entre a Chancelaria da Argentina e o IICA tem o objetivo de facilitar a transferência de conhecimentos e experiências em agricultura e vida rural.

As iniciativas de cooperação serão implementadas mediante acordos específicos que as partes farão com terceiros países, mediante o envio de peritos para a elaboração de projetos e a formação de profissionais locais com vistas à transmissão de conhecimentos no seu país. Também serão executadas atividades de capacitação, desenvolvimento de estudos e provisão de materiais e equipamentos.

As áreas de cooperação do Programa de Cooperação Triangular serão balizadas pelos cinco Pilares Estratégicos do IICA: Bioeconomia e desenvolvimento produtivo; Desenvolvimento territorial e agricultura familiar; Comércio internacional e integração regional; Mudança do clima, recursos naturais e gestão de riscos produtivos; e Sanidade agropecuária, inocuidade e qualidade dos alimentos.

Os participantes do ato de assinatura do memorando de entendimento foram: pela Chancelaria da Argentina, Guillermo Justo Chaves, Chefe de Gabinete, e Juan Ignacio Roccatagliata, responsável pela Cooperação Multilateral (Diretoria Geral de Cooperação Internacional); pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Santiago Bonifacio, da área de Relações Internacionais, e o Embaixador da Argentina na Costa Rica, Luis Bellando; e pelo IICA, Lloyd Day, Diretor Geral Adjunto, Beverly Best, Diretora de Relações Exteriores, Jorge Werthein, Assessor Especial do Diretor Geral, Caio Rocha, Representante na Argentina e Coordenador Regional para a Região Sul, e Ignacio Hernaiz, Assessor Especial em Relações Institucionais para o Mercosul.

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int