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“Assim como devemos rejeitar o negacionismo da mudança climática, devemos rejeitar o negacionismo da agricultura e do seu papel para aumentar a descarbonização da economia global”, declarou ex-Ministra do Meio-Ambiente do Brasil e Assessora do IICA no Con

Izabella Teixeira, ex ministra de Medio Ambiente y Cambio Climático de Brasil y negociadora-jefe de la delegación de su país en la COP 21 en la que se adoptó el histórico Acuerdo de París, fue una de las expositoras que generó mayores expectativas en la apertura del Congreso de AAPRESID, que reunió en Buenos Aires a unas 7.500 personas, entre productores, académicos, empresarios y referentes de la escena local e internacional, en búsqueda de soluciones y proyectos para una agricultura más sustentable.
Teixeira, ex-Ministra do Meio-Ambiente e Mudança Climática do Brasil e negociadora-chefe da delegação do seu país na COP21 em que foi adotado o histórico Acordo de Paris, foi uma das palestrantes que gerou maiores expectativas na abertura do Congresso da AAPRESID.

Buenos Aires, 12 de agosto de 2024 (IICA) - “Assim como devemos rejeitar o negacionismo da mudança climática, devemos rejeitar o negacionismo da agricultura e do seu papel para aumentar a descarbonização da economia global, que não estão baseadas em provas científicas e a responsabilizam de todos os problemas” declarou Izabella Teixeira, ex-Ministra do Meio-Ambiente do Brasil e Assessora Especial do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) para o G20 e as COP29 e COP30.

Teixeira foi uma das palestrantes que gerou maiores expectativas na abertura do Congresso da Associação Argentina de Produtores de Semeadura Direta (AAPRESID), que reuniu em Buenos Aires um público de produtores, acadêmicos, empresários e referentes locais e internacionais, a procura de soluções e projetos para uma agricultura mais sustentável.  Participaram umas 7.500 pessoas.

Teixeira é ex-Ministra do Meio-Ambiente e Mudança Climática do Brasil e foi negociadora-chefe da delegação do seu país na COP21, em que foi adotado o histórico Acordo de Paris, pelo qual o mundo assumiu compromissos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

“Existe hoje um dilema entre ambição, visão e narrativas que abranjam os desafios em matéria de segurança alimentar, energética e a ruta para a descarbonização da economia global. O Brasil é um exemplo da importância da agricultura para a segurança alimentar e energética, além da segurança ambiental. Se se combate aos negacionistas da mudança climática, também não se pode aceitar aquelas pessoas que colocam pressão na agricultura como se fosse a fonte de todos os problemas. Embora a agricultura tenha dificuldades, devemos saber que não podemos mudar as economias dos países em desenvolvimento sem a agricultura. E as transformações que se devem realizar só se devem realizar sobre a base da ciência e de dados que sejam confiáveis”, advertiu Teixeira.

Um debate que vai além da questão climática

Izabella Teixeira apresentou no painel “O futuro dos sistemas agroalimentares das Américas”, que formou parte de uma seção especial projetada pela AAPRESID junto ao IICA como parte da sua aliança estratégica orientada a favorecer a disseminação de boas práticas e a transferência de tecnologias que possibilitem a regeneração do solo e o meio-ambiente e a mitigação e adaptação à mudança climática na região.

A especialista, uma bióloga respeitada mundialmente, explicou que hoje o debate e as negociações ao redor da questão de mudança climática vão além da questão ambiental, e por tanto não se circunscrevem apenas ao âmbito das COP, das Nações Unidas, mas que se trata de um tema fundamental para o desenvolvimento, que envolve a geopolítica e o comércio internacional, e é construtivo das relações de poder.

“A discussão ganhou uma importância estratégica global. Trata-se de como vamos impulsionar o desenvolvimento e quem vai pagar pelas transformações. E isso já não se discute somente no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, mas também no G20, G7, nos BRICS ou na OCDE”, explicou Teixeira.

Teixeira expuso en el panel “El futuro de los sistemas agroalimentarios de las Américas”, que formó parte de una sección especial diseñada por AAPRESID junto al IICA, en el que compartió con el Director General del Instituto, Manuel Otero, y otra serie de expertos de alto nivel.
Teixeira apresentou no painel “O futuro dos sistemas agroalimentares das Américas”, que formou parte de uma seção especial projetada pela AAPRESID junto ao IICA, compartilhando com o Diretor Geral do Instituto, Manuel Otero, e outra série de especialistas de alto nível.

“Temos que prestar atenção à ciência para ver os dados e entender as métricas no assunto da mudança climática, de forma que a sociedade possa ter uma dimensão correta do problema e saiba como a agricultura o enfrenta com suas tecnologias para se adaptar e emitir menos gases de efeito estufa”, sinalizou.

Nessa linha, enfatizou os interesses que movem as acusações contra a agricultura e negam seu papel como fornecedora de soluções: “Se deve entender o papel da agricultura na segurança alimentar e nutricional e também na segurança energética e na paz social. Hoje há uma agricultura que produz energia e agrega valor permanente”.

Teixeira questionou o chamado protecionismo verde, que coloca travas injustificadas ao comércio internacional de produtos agrícolas com motivações ambientais. Advertiu, de todas as formas, que hoje há novas demandas dos consumidores que vão gerar um aumento de custos para os produtores.

“Temos que sair dos discursos que negam a mudança climática”, advertiu, “e a importância de agricultora como fornecedora de soluções. Hoje quando você pensa na segurança alimentar e nutricional, ela está associada com a segurança energética. A agenda da agricultura anuncia o futuro”.

Teixeira também destacou o papel da América Latina e o Caribe como continente de paz, que ao mesmo tempo é um fornecedor confiável de produtos agrícolas para o mundo.

“Somos uma região de paz. Esse é um valor importante. Somos sociedades que podem construir um futuro melhor. Para isso precisamos de uma aliança com o setor privado, que o setor privado tenha um papel político”, concluiu.


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