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“Com o PROCAGICA voltamos a nos erguer”: José Amílcar García, produtor de café de Honduras

José Amílcar García tiene una parcela de 1,4 manzanas (0,98 ha), que el programa seleccionó como Finca Vitrina.
José Amílcar García tem um lote de 1,4 quarteirões (0,98 ha) que o programa selecionou como Propriedade Modelo.

Santa Maria, Honduras, 5 de maio de 2021 (IICA). José Amílcar García Vásquez é um cafeicultor que acredita nas associações e, sendo assim, tem desfrutado dos benefícios oferecidos pelo Programa Centro-Americano de Gestão Integral da Ferrugem do Café (PROCAGICA), promovido na região pela União Europeia (UE) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

“Quero que o sucesso do outro seja também o meu”, afirmou. “Para nós, o PROCAGICA representa uma grande realização, um grande apoio para os nossos lotes, sinto-me satisfeito e muito agradecido porque sentimos e vemos essa decolagem e as realizações no lote de café”, disse García durante uma visita à sua propriedade.

Em 2016, ele conseguiu ingressar no programa como membro de uma caixa rural do setor e da Associação CAFESA, da qual é dirigente. Com aproximadamente 70 parceiros, a caixa rural conseguiu financiamento e capacitação, com o apoio do PROCAGICA, para produtores de café afetados pela praga da ferrugem nos municípios de Marcala, Chinacla, São José e Santa Maria.

“Nós conseguimos nos organizar e alcançamos melhores preços para o café, pois estamos dentro do comércio justo na produção de café orgânico e, graças a isso, alcançamos outros preços que o mercado convencional não oferece, nem os mesmos intermediários, pois segue direto para o mercado, e isso foi alcançado graças à associação”, manifestou.

Amílcar García tem um lote de 1,4 quarteirões (0,98 ha) que o programa selecionou como Propriedade Modelo. Ela está localizada na comunidade de Camalote, no município de Santa Maria, departamento de La Paz, Honduras.

Para a boa manutenção das propriedades, os participantes aprenderam a fazer um bom uso dos materiais com os quais contam dentro das comunidades, como o esterco, utilizado para misturar com o adubo que receberam do PROCAGICA, pois um fertilizante orgânico “tem maior efetividade”, segundo García.

Resultados na produção

José Amílcar García relatou que, antes de receber o apoio do programa, colhia apenas entre 15 e 20 quintais de grãos frescos de café por quarteirão de terra em sua propriedade rural, e às vezes apenas 10 quintais de grãos frescos.

Com a assistência técnica, os insumos e as ferramentas proporcionadas, agora obtém cerca de 80 quintais de grãos frescos por quarteirão, com um café de alta qualidade, segundo os estudos realizados por técnicos.

“Colhemos todo o café, depois, fazemos a poda e regulamos a sombra, para que a praga não seja fixada. Isso é bom para nós e para todo o setor cafeeiro. Nós nos sentimos agradecidos pelo que fizeram conosco e com nossas propriedades de café, como donos de uma propriedade modelo, estamos orgulhosos”, afirmou.

Acrescentou que várias comissões visitaram a sua propriedade para observar os resultados, “pois somos nós que falamos dos resultados e do êxito do programa, que vivenciamos isso na própria carne”.

Antes e agora

Desde que recebemos o apoio do PROCAGICA, a mudança foi substancial, descreveu García.

“Antes, minha esposa me dizia que isso não era sequer uma propriedade rural, o café não engrossava, o grão era muito fino, ficava no quintal para o consumo, não dava para fazer polpa, porque era tão pequeno que passava pela despolpadora sem processar”, lembrou.

“Agora o grão conseguiu engrossar, está uniforme e pode ser aproveitado ao máximo. A matéria orgânica pura que se conseguiu alcançar produz um bom café”, destacou o beneficiário do PROCAGICA.

Assegurou que, como produtor, está aprendendo a realizar o desbaste das árvores dentro da propriedade, o plantio de barreiras vivas, com espada-de-são-jorge, yuca ou abacaxi, que ajudam os pés de café plantados na ladeira. “Antes o solo não tinha matéria orgânica, mas agora tem”, finalizou.

O PROCAGICA é promovido pela UE e o IICA nos municípios de Marcala, Chinacla, Santa Maria e São José, no departamento de La Paz, Honduras.

A implementação dos sistemas agroflorestais promovidos pelo programa contribui para a conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos, bem como para a remoção de carbono, facilitando também a adaptação aos impactos da mudança e da variabilidade climática na região.

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