Com a visita do Diretor Geral Manuel Otero a Bogotá, o IICA fortalece a agenda de cooperação técnica para favorecer a agricultura sustentável, a defesa da economia camponesa e a biodiversidade na Colômbia
São José, 4 de setembro de 2023 (IICA) — O Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, manteve na Colômbia uma intensa atividade que incluiu encontros com funcionários de alto nível do governo, fortalecendo a agenda de cooperação técnica com o país e sua projeção continental por meio de iniciativas de Cooperação Sul-Sul.
A Ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Jhenifer Mojica; a Ministra de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Susana Muhamad; o Vice-Ministro de Ordenamento Ambiental do Território do Ministério de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Francisco Javier Canal Albán; o Presidente da Agência de Desenvolvimento Rural, Luis Alberto Higuera Malaver; o Diretor de Parques Nacionais Naturais, Luis Olmedo Martínez Zamora; e a Reitora da Universidade Nacional da Colômbia, Dolly Montoya, foram alguns dos funcionários que receberam o Diretor Geral do organismo especializado em desenvolvimento agropecuário e rural.
Ele também foi recebido por Álvaro Calderón, Diretor de Cooperação Internacional da Chancelaria colombiana.
Na visita a Bogotá, foi acordado que o IICA e a Colômbia avançarão na implementação de uma agenda em comum que terá como centro os seguintes temas: o avanço do processo de transformação da agricultura para uma maior sustentabilidade, com foco no papel dos produtores camponeses; o respeito à biodiversidade como parte integrante da atividade produtiva; os processos de agregação de valor; e o fortalecimento dos temas relacionados à bioeconomia, à agricultura digital e à sanidade agropecuária.
Os compromissos acordados entre a Colômbia e o IICA durante a visita de Otero serão instrumentados pela assinatura de memorandos de entendimento com cada uma das instituições, informou o Diretor Geral do organismo hemisférico.
Cooperação entre Brasil e Colômbia
Como parte da agenda de cooperação Sul-Sul, que promove a colaboração recíproca entre os países em desenvolvimento, foi definido um projeto pelo qual técnicos do setor público colombiano viajarão para o Brasil para conhecer em primeira mão os avanços realizados nesse país em temas como ciência, tecnologia e inovação; desenvolvimento territorial; compras públicas; e sistemas de abastecimento.
Os técnicos colombianos visitarão a capital, Brasília, e o estado da Bahia, no Nordeste brasileiro.
A iniciativa será implementada pelo IICA, com apoio do Banco Mundial, e seu eixo será um conjunto de atividades em campo destinadas a fortalecer os vínculos entre ambos os países.
Otero destacou que a Colômbia, além de se beneficiar com as experiências que conhecerá no Brasil, precisa compartilhar os avanços que realizou, especialmente em temas de agricultura sustentável e relacionados à biodiversidade no processo de produção de alimentos.
Neste sentido, o Diretor Geral do IICA valorizou a estruturação das zonas de reserva camponesas, que atuam como zonas de contenção para frear uma expansão irracional da fronteira agropecuária.
As zonas de reserva camponesa beneficiam pequenos agricultores que recebem terras públicas que não estão sendo aproveitadas e, dessa maneira, promovem a paz e a estabilidade social nas zonas rurais.
Entre as ações imediatas que serão realizadas como resultado da visita de Manuel Otero a Bogotá está a realização de um Curso de Bioeconomia e os Desafios da Proteção da Biodiversidade, que contará com o apoio da Direção de Parques Nacionais Naturais, do Ministério de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e da Universidade Nacional da Colômbia.
A necessidade de proteger a Amazônia foi abordada em todas as reuniões, e houve acordo quanto à urgência de promover um conjunto de ações que incentivem a restauração da paisagem rural, com a liderança de pequenos agricultores e grupos vulneráveis, que são os principais afetados pela degradação ambiental. Neste sentido, foi ressaltada a importância de que as ações sejam supranacionais, considerando que o ecossistema amazônico é compartilhado por diversos países sul-americanos.
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