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Congresso Pan-Americano de Combustíveis Sustentáveis para a Aviação se reuniu na Colômbia com líderes e especialistas em tecnologia SAF e posicionou as Américas como “a OPEP dos biocombustíveis”

Agustín Torroba, especialista internacional en biocombustibles del IICA y Secretario Técnico y Ejecutivo de la CPBIO; Víctor Castro, Director Ejecutivo de CARBIO (Argentina); Carolina Rojas, Presidenta Ejecutiva de FEDEBIOCOMBUSTIBLES (Colombia) ; Juan Sebastián Díaz, Consultor Regional del Consejo de Granos (EE.UU.);  Flavio Castellari, Director Ejecutivo de APLA (Brasil); y Álvaro Lorenzo, Gerente General de ALUR (Uruguay), fueron parte de los participantes del congreso, que se da en un momento clave para el continente, ya que este tiene gran disponibilidad de materias primas para abastecer la creciente demanda de combustibles sostenibles de aviación.
Agustín Torroba, especialista internacional em biocombustíveis do IICA e Secretário Técnico e Executivo da CPBIO; Víctor Castro, Diretor Executivo da CARBIO (Argentina); Carolina Rojas, Presidente Executiva da FEDEBIOCOMBUSTIBLES (Colômbia); Juan Sebastián Díaz, Consultor Regional do Conselho de Grãos (EUA);  Flavio Castellari, Diretor Executivo da APLA (Brasil); e Álvaro Lorenzo, Gerente Geral da ALUR (Uruguai), foram alguns dos participantes do congresso, que ocorre em um momento crítico para o continente, já que ele tem grande disponibilidade de matérias primas para abastecer a crescente demanda de combustíveis sustentáveis para a aviação.

Bogotá, 7 de agosto, 2024 (FEDEBIOCOMBUSTIBLES/IICA/CPBIO) - A indústria aeronáutica poderia alcançar zero emissões com o uso de biocombustíveis sustentáveis de aviação (SAF, siglas em inglês) até 2050, e a Colômbia tem o potencial para ser um líder crítico. 

Com essa estrutura, mais de 200 líderes e atores-chave da indústria se reuniram em Bogotá, Colômbia, onde ocorreu o Primeiro Congresso Pan-Americano de Combustíveis Sustentáveis para a Aviação, organizado pelo IICA, a CPBIO e FEDEBIOCOMBUSTIBLES, ao que assistiram, entre outras figuras, Carolina Rojas, Presidente Executiva da Federação Nacional de Biocombustíveis da Colômbia (FEDEBIOCOMBUSTIBLES) e Sergio París, Diretor Geral da Aeronáutica Civil da Colômbia.

Andrés Rebolledo, Secretário Executivo da Organização Latino-Americana de Energia (OLADE), e Manuel Otero, Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), se dirigiram ao público de forma virtual.

No painel titulado “Rotas tecnológicas: estado atual e perspectivas”, se apresentou o estado atual das rotas tecnológicas com ênfase especial nos custos de produção, coprodutos e rendimentos: Ácidos Graxos e Ésteres Hidroprocessados (HEFA, em inglês), Alcohol to Jet (AtJ) e Fischer-Tropsch (FT), com a participação de Aldo Marcelo Peiretti, Gerente de Licenciamento de Tecnologias da TOPSOE; André Luis Defaveri, Diretor de Vendas e Desenvolvimento de Novos Negócios para a América Latina da Honeywell; Pedro Meléndez, Líder de Desenvolvimento de Projetos da Lanzajet e Gaurav Goya, Líder da Unidade de Negócios SAF da Praj. 

A moderação esteve nas mãos de Manuel Ron, representante da Câmara de Bioetanol de Milho da Argentina.

Gaurav Goya sinalizou que há dois fatores-chave impulsionando a iniciativa de SAF, que são a intensidade de carbono e o custo.  “Da Praj contamos com uma solução inovadora: integração de energia e captura de carbono durante a produção de etanol para reduzir significativamente os fatores mencionados e equilibrar o custo-benefício. Na Índia temos 10% da capacidade de produção de etanol no mundo.  E com 40 anos de existência continuamos crescendo”. 

Pela sua parte, André Luis Defaveri, da Honeywell, assegurou que “a possibilidade de tornar a América Latina a OPEP dos biocombustíveis líquidos é real”.

A apresentação sobre “Preços de SAF e matérias primas”, liderada por Wesley Monteiro, Líder de Desenvolvimento do Mercado Global da PLATTS, detalhou a evolução dos preços de SAF comparados com fósseis e tendências em matérias primas.

O segundo painel sobre “CORSIA e SAF” apresentou o funcionamento do Plano de Redução e Compensação de Carbono para a Aviação Internacional (CORSIA, em inglês) e a promoção dos SAF, detalhando os critérios de sustentabilidade.  Participaram de forma virtual Jane Hupe, Diretora-Adjunta de Meio-Ambiente da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI); e Cesar Velarde, Líder de Meio-Ambiente do Air Transport Bureau da OACI, que adotou recentemente um objetivo ambicioso global a longo prazo (LTAG, em inglês).

O terceiro painel chamado “Regulamentações e promoções de SAF” visava apresentar as políticas públicas e regimes de promoção de SAF na União Europeia, Estados Unidos e Brasil.  Falaram Darlan Santos, Assessor Técnico da Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil (ANAC); Fernanda Cabañas Gac, Coordenadora do programa Vuelo Limpio - Mobilidade sustentável e hidrogênio verde da Agência de Sustentabilidade Energética do Chile; e Prem Lobo, da Divisão de Energia do Escritório de Meio-Ambiente e Energia da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos. Esse painel foi moderado por Carlos Mateus, Secretário Geral e Diretor Jurídico da FEDEBIOCOMBUSTÍBLES.

“Estamos muito felizes de ter concretizado este congresso, que foi o primeiro em ter como foco a visão dos produtores de biocombustíveis, cuja experiência é vital para gerar mensagens críticas para o país sobre como devemos avançar no tema de SAF”, disse Mateus.

“Também tivemos a oportunidade de levar a nossa mensagem à OACI para deixar clara esta dinâmica no nível panamericano e colombiano. Se deve ter em conta, sobretudo com respeito a certificação e disponibilidade de matérias primas, além do desenvolvimento de projetos de forma conjunta, alinhar nossas posições e harmonizar as regulamentações, para assim permitir um desenvolvimento sustentável da nossa indústria e do nosso setor”, adicionou.

O quarto painel, focado no “Ecossistema do SAF”, teve como objetivo conhecer as perspectivas sobre SAF da cadeia de valor da aviação. Participaram Pedro de la Fuente, Gerente Sênior de Assuntos Externos e Sustentabilidade para as Américas da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, siglas em inglês); Milena Fajardo, Líder de Combustíveis e Sustentabilidade da  Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA); César Pereira, Assessor de Sustentabilidade e Estratégia da Embraer; e Sandra Ballén, Gerente de Produtos e Petroquímicos da Vice-Presidência Comercial da Ecopetrol. O painel foi moderado por Aida Lorenzo, Gerente Geral da Associação Combustíveis Renováveis Guatemala, que enfatizou a “importância de aproximar os setores da oferta e demanda de SAF na região, particularmente as barreiras e desafios que se apresentam para as companhias de aviação e que devem ser as prioridades e próximos passos”. 

No último painel, liderado pela CPBIO e chamado “A cadeia de valor dos biocombustíveis terrestres e a expectativa do SAF”, visou apresentar a expetativa e os avanços na inter-relação dos biocombustíveis terrestres e sua cadeia de valor com o SAF. Nessa seção participaram Álvaro Lorenzo, Gerente Geral da ALUR (Uruguai); Flavio Castellari, Diretor Executivo da APLA (Brasil); Carolina Rojas, Presidente Executiva da FEDEBIOCOMBUSTIBLES (Colômbia); Víctor Castro, Diretor Executivo da CARBIO (Argentina); e Juan Sebastián Díaz, Consultor Regional do Conselho de Grãos (EUA).

“Destaco o nível da organização e o nível de todos os painéis, visto como o espectro dos temas que são críticos para o SAF foram altamente relevantes”, expressou Lorenzo.

Flavio Castellari disse que “no painel apresentamos o potencial do Brasil para a produção de matérias primas para SAF, bem como na produção dele a partir do álcool, com biodiesel ou óleo de soja.  Este congresso foi importante, já que foi o primeiro em que falamos especificamente sobre SAF, com excelentes apresentações e conteúdo, tanto da Europa, EUA,  Como da América Latina, para assim, de agora em diante, poder avançar juntos e procurar uma união dos países latino-americanos e como coalizão apresentar ao mundo as vantagens comparativas que a nossa região tem na produção e uso de biocombustíveis”.

Carolina Rojas, da FEDEBIOCOMBUSTIBLES, manifestou que “tivemos a oportunidade de conhecer os avanços, perspectivas e projetos sobre SAF que há nos diferentes países da região.  Este congresso nos deixou um grande panorama de oportunidades para que a América Latina seja um hub de SAF no mundo”.

“Comentamos a capacidade da América e da Argentina como fornecedores de carbono verde para a produção de SAF e biocombustíveis para o transporte em geral. É engraçado como este carbono fóssil providenciado pela geologia agora se converte em carbono verde, providenciado pela agricultura. Agora também devemos pensar nas cadeias de produção, não somente para a produção de proteínas, mas também em termos ambientais: reduzir as pegadas de emissões de carbono que estão causando tantos prejuízos econômicos no nível mundial por culpa do efeito estufa. Esperamos voltar a esse balancete de zero emissões que é tão necessário para o planeta”, asseverou Víctor Castro, da CARBIO.

 Juan Sebastián Díaz, Consultor Regional do Conselho de Grãos dos EUA, declarou: “Foi muito interessante entender os desafios de cada uma das indústrias e as oportunidades que se apresentam para ser os produtores de matérias primas de SAF, particularmente na rota ‘Alcohol to Jet’.  Como parte da CPBIO, há muitos desafios que devemos revisar, particularmente como cada empresa está contribuindo para reduzir a intensidade de carbono e como podemos trabalhar em conjunto no futuro para ter políticas públicas muito mais claras sobre o SAF”.       

O moderador foi  Agustín Torroba, especialista internacional em biocombustíveis do IICA e Secretário Técnico e Executivo da CPBIO, que sinalizou que “o Congresso visou reunir tecnólogos, a cadeia de valor da aviação, reguladores e principalmente a cadeia de valor dos biocombustíveis tradicionais do setor transporte terrestre e matérias primas, que no futuro serão fornecedores SAF para descarbonizar o transporte aéreo”.

 

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int