A Costa Rica já tem o seu laboratório de biologia molecular para combater a ferrugem do café e desenvolver novas variedades do grão
Heredia, Costa Rica, 11 de outubro de 2021 (IICA). – A Costa Rica já pode contar com o Laboratório de Biologia Molecular para combater a ferrugem do café, desenvolver novas variedades e material genético do grão e identificar plantas mais tolerantes à seca e mais resilientes à mudança do clima, o que contribuirá enormemente para a sustentabilidade da cafeicultura dos países da América Central e do Caribe.
A abertura do centro de pesquisa, localizado no Instituto do Café da Costa Rica (ICAFE), teve o apoio conjunto da União Europeia (UE) e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que implementam o Programa Centro-Americano de Gestão Integral da Ferrugem do Café (PROCAGICA); bem como do Centro Agronômico Tropical de Pesquisa e Ensino (CATIE) e do Programa Cooperativo Regional para o Desenvolvimento Tecnológico e a Modernização da Cafeicultura (PROMECAFE).
Foi inaugurado por María Antonia Calvo Puerta, Embaixadora e Chefe de Delegação da UE na Costa Rica, Xinia Chávez, Diretora Executiva do ICAFE, Manuel Otero, Diretor Geral do IICA, e Muhammade Ibrahim, Diretor Geral do CATIE.
Calvo Puerta afirmou que a ferrugem do café é um problema que “não conhece fronteiras” e que as soluções “precisam ser feitas de maneira colaborativa, somando-se esforços para contribuir com o meio de vida e a renda de tantas famílias da região centro-americana, e de fora dela, que dependem desse grão”.
“A finalidade do laboratório é ajudar os pequenos e médios produtores afetados economicamente, para que possam ter as mesmas oportunidades que os grandes cafeeiros de manter esse tecido econômico e de emprego que é a cafeicultura”, assinalou a Embaixadora da UE.
Xinia Chávez disse que o laboratório é de alta tecnologia. “Por meio da seleção molecular, podemos identificar quais são as variedades ou a combinação que devemos fazer geneticamente para obtermos plantas e genética de grande rendimento e capacidade de adaptação à mudança do clima. Estamos otimistas de que logo serão disponibilizados materiais genéticos que também beneficiarão a qualidade final da xícara de café”.
O Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, observou que a ciência, a tecnologia e a inovação são fundamentais para se promover a transformação dos sistemas agroalimentares das Américas, sustentados em novas políticas e no empoderamento dos produtores, particularmente na cadeia do café.
“A abertura do laboratório mostra a vontade política da UE, do IICA, do ICAFE e de outras instituições regionais de reiterar a importância de se dispor de centros de inovação de último geração para enfrentarmos desafios compartilhados e tão sérios como a ferrugem”, disse Otero.
O Laboratório de Biologia Molecular, localizado nas instalações do ICAFE em Barva de Heredia, Costa Rica, contribuirá também para fortalecer as capacidades do pessoal técnico da região do PROMECAFÉ, composta por México, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Nicarágua, Panamá, República Dominicana e Jamaica, na implementação de técnicas para a análise molecular.
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Mais informação:
Harold Gamboa, Coordenador da Unidade Executora Regional do PROCAGICA.
harold.gamboa@iica.int