Ir Arriba

David Zilberman, impulsor da bioeconomia e professor da Universidade da Califórnia, Berkeley, recebe o título "Cátedra IICA" por contribuição ao desenvolvimento sustentável

El Director General del IICA, Manuel Otero; el economista y catedrático de la Universidad de California, Berkeley, David Zilberman; y Gordon Rausser, uno de los más reconocidos economistas especializados en agricultura a nivel internacional  y Distinguido Profesor Emérito del mismo centro de enseñanza.
O Diretor Geral do IICA, Manuel Otero; o economista e catedrático da Universidade da Califórnia, Berkeley, David Zilberman; e Gordon Rausser, um dos economistas especializados em agricultura mais reconhecidos internacionalmente e Professor Emérito do mesmo centro de ensino.

San José, 15 de novembro de 2021 (IICA). O economista e catedrático da Universidade da Califórnia, Berkeley, David Zilberman, referência na construção do conceito de bioeconomia como visão para o desenvolvimento, foi homenageado com o título "Cátedra IICA em Bioeconomia e Desenvolvimento Sustentável".

O Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, entregou, em uma cerimônia virtual, o título a Zilberman, autor de trabalhos de citação inevitável sobre as energias alternativas, em particular sobre os biocombustíveis, como fundamentos de uma nova matriz energética mais alinhada com as preocupações ambientais do nosso tempo.

Da cerimônia também participaram Gordon Rausser, um dos economistas especializados em agricultura mais reconhecidos internacionalmente e Professor Emérito da Universidade de California, Berkeley; Beverly Best, Diretora de Relações Exteriores e Institucionais do IICA; e Jorge Werthein, Assessor Especial da Direção Geral do Instituto.

Zilberman é professor do Departamento de Economia Agrícola e de Recursos Econômicos da Universidade da California, Berkeley. As suas áreas de especialidade são agricultura e políticas ambientais, economia da inovação e biotecnologia e mudança do clima.

Nessa posição, vem promovendo o posicionamento da bioeconomia como fonte de oportunidades para a alavancagem do desenvolvimento das zonas rurais das Américas e a aceleração da reativação das economias flageladas pela Covid-19.

A bioeconomia é uma visão que impulsiona a industrialização inteligente a partir do uso de recursos biológicos, convertendo-os em produtos com valor agregado, como bioprodutos, bioenergias e serviços. Busca também responder aos desafios ambientais existentes, mitigando efeitos da mudança do clima e reduzindo a utilização de combustíveis fósseis.

“Estou muita honrado por esse reconhecimento, pois, quando visitei o IICA pela primeira vez há 20 anos atrás, para um debate sobre a mudança do clima, admirei a visão do Instituto e pensei que gostaria de algum dia ser parte dele”, disse Zilberman.

O acadêmico observou que a agricultura enfrenta hoje numerosos desafios simultâneos, como lidar com a mudança do clima, garantir a segurança alimentar, melhorar a qualidade dos cultivos e ser fonte de renda para milhões de pequenos produtores, e afirmou que o trabalho de cooperação do IICA oferece uma contribuição significativa para o seu enfrentamento.

Zilberman sustentou que a agricultura orgânica talvez esteja desempenhando um papel limitado, por não conseguir produzir alimentos acessíveis para todos, sendo, portanto, necessário aumentar a sua produtividade por meio das ferramentas da biologia, que também são eficientes na preservação dos recursos naturais e no enfrentamento dos efeitos da mudança do clima.

"Devemos fazer a transição para o uso de energias renováveis e parar de depender dos combustíveis fósseis. A biologia tem uma incrível capacidade de gerar recursos e devemos expandir o seu conhecimento; a terra pode produzir alimentos, produtos químicos e biocombustíveis. Isso vale especialmente nas Américas, que têm um ambiente único”, acrescentou.

Zilberman advertiu sobre a necessidade de se fomentar o investimento público-privado, construir capacidades e atrair investimentos para que os países do continente possam aproveitar o grande potencial dos seus recursos biológicos.

Por sua vez, Gordon Rausser, prestigioso colega de Zilberman, revisitou as inumeráveis realizações acadêmicas de Zilberman, remontando a 1979, ano do seu doutorado.

“Entre os seus reconhecimentos, deve-se destacar que foi o primeiro economista a receber, em 2019, o Prêmio Wolf em Agricultura”, disse Rausser. O Prêmio Wolf é considerado o equivalente ao Prêmio Nobel em matéria de pesquisa e desenvolvimento agrícola.

Rausser destacou que conhece Zilberman há mais de 40 anos e elogiou a sua versatilidade em fazer contribuições significativas em diversas disciplinas, a sua atuação em muitas associações e a sua predisposição de estar perto de estudantes que começam as suas carreiras. “O seu trabalho nos beneficiou a todos. Não pode ser melhor colega e amigo”, resumiu.

Beverly Best destacou que Zilberman é um novo membro da família do IICA e explicou que o Programa “Cátedras IICA” foi criado em 2018 com a missão de proporcionar cooperação técnica de excelência focada na geração de novos conhecimentos que transformem a agricultura e contribuam para o desenvolvimento rural nas Américas.

“O programa tem o objetivo de melhorar a visibilidade de ideias inovadoras e construir capacidades entre os atores dos setores público e privado, e facilitar o intercâmbio de conhecimentos e experiências”, acrescentou.

Ao seu turno, Otero explicou que, nos últimos anos, o IICA vem desfrutando diretamente da grandeza das contribuições do Zilberman e das suas qualidades pessoais.

“Desenvolvemos juntos”, relatou, “diversas atividades que ofereceram contribuições significativas para o desenvolvimento da bioeconomia na nossa região. Refiro-me especificamente à participação do Dr. Zilberman em uma série de diálogos acadêmico-políticos que organizamos durante a pandemia da Covid-19, bem como à elaboração conjunta do documento ‘Potencial da bioeconomia para a transformação dos sistemas alimentares’, com o qual contribuímos para o trabalho do Grupo Científico estabelecido no âmbito da recente Cúpula das Nações Unidas sobre Sistemas Alimentares”.

Otero lembrou que, antes dele, receberam o título Cátedra IICA a Professora Emérita da Pontifícia Universidade Javieriana Elizabeth Hodson; o Professor de Ciências do Solo e Diretor do Centro de Gestão do Carbono e Captação da Universidade Estadual de Ohio, Rattan Lal; o ex-Ministro da Agricultura do Brasil, Coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getulio Vargas e Titular da Cátedra de Agronegócios da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo, Roberto Rodrigues; e o Instituto de Pesquisas Fisiológicas e Ecológicas Vinculadas à Agricultura (IFEVA) da Faculdade de Agronomia da Universidade de Buenos Aires, Argentina.

Video em inglês:

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int