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Foro Agropecuário Andino propõe agenda regional para potencializar o comércio e as exportações

En el evento se buscó identificar oportunidades y mecanismos para desarrollar y reactivar el comercio agrícola regional y reconocer las cadenas agropecuarias con más potencial de comercialización en las naciones andinas
O objetivo do evento foi identificar oportunidades e mecanismos para desenvolver e reativar o comércio agrícola regional e reconhecer as cadeias agropecuárias com mais potencial de comercialização nas nações andinas.

Bogotá, 29 de janeiro de 2021 (IICA). Em meio a um contexto esmagador causado pela pandemia, as exportações agrícolas têm resistido mais bem ao shock do que as vendas externas totais de bens. Países como a Bolívia, a Colômbia e o Equador aumentaram suas exportações agrícolas (2,32%, 3,51% e 5,7%, respectivamente) no período janeiro-outubro 2020 em relação a 2019, cenário que confirma o papel fundamental do setor agrícola e o comércio de produtos agrícolas para a recuperação econômica na Região Andina pós-Covid-19.

Para concretizar esse potencial, é necessário que os países da região promovam ações que permitam recuperar os mercados perdidos, consolidar os destinos onde se conseguiu aumentar o nível de exportações e promover a diversificação; desafios que estavam presentes inclusive antes da pandemia, dada a concentração de exportações em outros locais e o limitado comércio intrarregional andino.

Essas foram algumas das conclusões destacadas na Terceira Sessão do Foro Agropecuário Andino, organizado pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Colômbia com o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e de outras organizações.

O encontro convocou altas autoridades agrícolas e de comércio, bem como representantes do setor agroindustrial e de organismos de cooperação, com o objetivo de identificar oportunidades e mecanismos para desenvolver e reativar o comércio agrícola regional e reconhecer as cadeias agropecuárias com mais potencial de comercialização nas nações andinas.

“Apelo a que sejam dados passos precisos para que, como região, sejamos uma vizinhança de portas abertas, de intercâmbio comercial e integração agrícola, o que poderia ser chave para o crescimento. Quero crer um mercado comum agropecuário andino não está longe, que podemos chegar a acordos para que esse sonho seja uma realidade”, disse Juan Gonzalo Botero, Vice-Ministro de Assuntos Agropecuários da Colômbia.

Promoção do comércio e das exportações

Os participantes dos setores público e privado concordaram sobre elementos fundamentais para potencializar o comércio e as exportações intrarregionais e a outros mercados: harmonização em normativas sanitárias e fitossanitárias, agilização no despacho de aduanas, simplificação de trâmites, automatização e digitalização de processos, como a aceitação de certificados eletrônicos e a realização de menos inspeções físicas.

Além disso, sustentaram que é fundamental avançar na implementação de estratégias de diplomacia sanitária para evitar que as medidas comerciais em termos de sanidade, inocuidade e qualidade se transformem em uma barreira ao comércio, bem como em melhorar a competitividade, a agregação de valor, a disposição política, as parcerias público-privadas e um trabalho em bloco dos países da Comunidade Andina de Nações (CAN).

Diego Sebastián Llosa, Vice-Ministro de Comércio Exterior e Turismo do Peru, mencionou que “o fortalecimento da comunidade andina precisa ser uma política que busque diversificar nossa oferta exportável e seus mercados de destino, mas também tem que deve vir acompanhado da integração regional, fundamental para a criação do comércio intrarregional e a formação de cadeias regionais de valor no setor agropecuário”.

Edwin Vásquez de la Bandera, Subsecretário de Negociações Comerciais e Integração Econômica do Equador, concordou sobre a importância de construir uma agenda forte e robusta de integração, de modo que “a CAN se converta em uma ferramenta para fortalecer o setor agropecuário e promova o desenvolvimento econômico e social em nossos países”.

Reinaldo Díaz, Presidente da Confederação Agropecuária Nacional da Bolívia (CONFEAGRO), apontou que, para alcançar esses objetivos, é necessário implementar medidas de incentivo, sendo uma delas a liberação de impostos em importação de maquinaria e contribuições para gerar um “crescimento harmonioso e, assim, incursionar em mercados e melhorar a qualidade de vida de nossa gente”.

Por sua vez, Manuel Otero, Diretor Geral do IICA, assinalou que “o comércio internacional desempenha um papel estratégico na segurança alimentar e na recuperação econômica da região, favorecendo a disponibilidade de alimentos inócuos, nutritivos e de qualidade, a geração de divisas para financiar os programas de assistência humanitária e de recuperação socioeconômica, bem como a promoção de receitas para o setor produtivo e empresarial, promovendo a inclusão de mulheres e jovens rurais”.

La sesión contó con casi 100 participantes.
A sessão virtual contou com a presença de quase 100 participantes.

Em tanto, o gerente do Programa de Comércio Internacional e Integração Regional do IICA, Daniel Rodríguez, propôs que é crucial para a região implementar uma estratégia que permita recuperar os mercados em que se perdeu presença, consolidar os que cresceram e continuar trabalhando na diversificação para diminuir o risco de depender de um número limitado de países, ao mesmo tempo em que se fortalece o comércio intrarregional. “Deve ser um esforço público-privado baseado no acesso a mercados e à política comercial, no fortalecimento da competitividade e na implementação de estratégias empresariais que possibilitem a diversificação”, destacou.

A quarta e última sessão do foro será realizada no próximo 5 de fevereiro. Prevê-se que as conclusões sejam contribuições para a construção de uma agenda agrícola regional de cooperação e integração entre os países que compõem a CAN, levando em consideração o contexto da pandemia e a necessária reativação do setor agropecuário andino.

Mais informação:

Gerência de Comunicação Institucional do IICA.

comunicacion.institucional@iica.int