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Fortalecer o sistema multilateral de comércio, evitar o surgimento de normas e regulamentos sem base científica, aproveitar mais os acordos existentes e aumentar o comércio inter-regional são ações fundamentais para impulsionar a segurança alimentar e o d

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Daniel Rodriguez, Gerente do Programa de Comércio Internacional e Integração Regional do IICA, Valéria Piñeiro, Chefe Interina para a América Latina e Coordenadora Sênior de Pesquisa na Divisão Mercados, Comércio e Instituições do IFPRI, Paolo Giordano, Economista Principal do Setor de Integração e Comércio do BID, Pablo Rabczuk, Oficial de Comércio e Sistemas Agroalimentares para a América Latina e o Caribe da FAO e José Durán, Oficial de Assuntos Econômicos e Chefe da Unidade de Comércio e Integração Regional da CEPAL

 

São José, 11 de setembro de 2023 (IICA) - Fortalecer o sistema multilateral de comércio, evitar o surgimento de normas e ações restritivas, melhorar o aproveitamento de acordos existentes e aumentar o comércio inter-regional permitirá impulsionar e robustecer o comércio agroalimentar nas Américas e consolidar a sua contribuição à segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável na região.  

Um grupo de mais de 30 especialistas convocados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Instituto Internacional de Pesquisa sobre Políticas Alimentares (IFPRI) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) sinalizou esses quatro caminhos como oportunos para a ação coletiva dos países do hemisfério para fortalecer o comércio agroalimentar da região para enfrentar um panorama internacional muito desafiante.  

“Estamos frente a um contexto internacional de mudanças crescentes e fragmentação das relações econômicas e comerciais, que realmente nos coloca em alerta, o problema do incremento das medidas protecionistas, restrições ao comércio e aumento dos subsídios. Definitivamente, as decisões que os países tomem terão efeitos sobre o comércio da região”, advertiu Daniel Rodriguez, Gerente do Programa de Comércio Internacional e Integração Regional do IICA.

Valeria Piñeiro, Chefe Interina para a América Latina e Coordenadora Sênior de Pesquisa na Divisão Mercados, Comércio e Instituições do IFPRI, manifestou que a ação coletiva dos países desta região em foros como a Organização Mundial de Comércio (OMC) resultaria em benefícios como maior capacidade para a tomada de decisões sobre políticas, transparência e governança comercial. “As agências internacionais que trabalhamos na América Latina estamos unindo esforços para dar aos países as provas necessárias para a tomada de decisões e fortalecer o bloco para as negociações em foros como a OMC”, expressou Piñeiro.  

“Existe uma necessidade clara de análise técnica para apoiar aos governos em um momento em que surge um neoprotecionismo verde. Devemos aterrizar o conhecimento analítico em sistemas de alerta antecipada que se traduzam em ações por parte dos países”, manifestou Paolo Giordano, Economista Principal do Setor de Integração e Comércio do BID.  

Giordano também mencionou os temas em que é necessário um maior conhecimento técnico para facilitar a tomada de decisões comerciais, como inocuidade e resíduos, entre outros.   
 
Para aproveitar melhor os acordos comerciais existentes, Pablo Rabczuk, Oficial de Comércio e Sistemas Agroalimentares para a América Latina e o Caribe da FAO, explicou que os setores da agricultura, economia e comércio exterior dos países devem trabalhar em conjunto, e para isso são necessários o compromisso governamental e a vontade política.   
 
“É necessário estimular a promoção de exportações, por exemplo, apoiando a realização de missões comerciais, feiras, rodadas de negócios e o desenvolvimento de capacidades para o uso de ferramentas digitais de comercialização e inteligência de mercados”, demarcou Rabczuk. 
 
José Durán, Oficial de Assuntos Econômicos e Chefe da Unidade de Comércio e Integração Regional da CEPAL, comentou que as agências internacionais como o IICA, a FAO, o BID, o IFPRI e a mesma Comissão podem coordenar esforços para criar bases de dados, como bem público internacional, que mostrem onde existem barreiras para o comércio inter-regional.  
 
“Com o objetivo de aumentar o intercâmbio entre os nossos países, é importante realizar um mapeamento das empresas que podem produzir para o mercado inter-regional, que inclua MPEs e a agricultura familiar, tanto para importações como para exportações, e de produtos emergentes.  É algo que as agências também podemos coordenar”, considerou.  
 
Durante o seminário também foi reafirmada a importância de que as normas aplicáveis ao comércio tenham uma base científica e sejam o resultado de um consenso internacional, compatíveis com a OMC, e que tomem em conta a capacidade dos países para responder e estar em conformidade com o que foi estipulado.   

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int