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Frutas e hortaliças: têm potencial produtivo e agroexportador e são fundamentais para a transformação dos sistemas alimentares e a manutenção de dietas equilibradas

En el diálogo moderado por el Director General del IICA, Manuel Otero, participaron Jorge Sauma, gerente general de la Corporación Bananera Nacional (CORBANA) de Costa Rica; Miguel Curiel, vicepresidente y gerente general de Driscoll’s en México; A.G. Kawamura, ex Secretario del Departamento de Alimentación y Agricultura de California (2003-2010) y actual propietario-socio de Orange County Produce, LLC, y Cristián Allendes, presidente de la Sociedad Nacional de Agricultura (SNA) de Chile.
Do diálogo, moderado pelo Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, participaram Jorge Sauma, gerente geral da Corporación Bananera Nacional (CORBANA) da Costa Rica; Miguel Curiel, vice-presidente e gerente geral da Driscoll’s no México; A. G. Kawamura, ex-Secretário do Departamento de Alimentação e Agricultura da Califórnia e atual proprietário-socio da Orange County Produce, LLC; e Cristián Allendes, presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) do Chile.

São José, 23 de agosto, 2021 (IICA). As frutas e as hortaliças desempenharão um papel fundamental na transformação dos sistemas agroalimentares pelo grande benefício que trazem para a saúde das pessoas na obtenção das dietas equilibradas cada vez mais exigidas pelos consumidores, e pela sua contribuição para o desenvolvimento socioeconômico e rural dos países nas Américas.
 
Esta foi a conclusão a que chegaram os peritos internacionais e líderes da agroindústria convocados pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em uma mesa-redonda que teve por objetivo divulgar conhecimentos atuais sobre o papel dos setores fruticultor e horticultor nos sistemas agroalimentares sustentáveis.
 
Do diálogo, moderado pelo Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, participaram Cristián Allendes, presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) do Chile; Miguel Curiel, vice-presidente e gerente geral da Driscoll’s no México; Jorge Sauma, gerente geral da Corporación Bananera Nacional (CORBANA) da Costa Rica; e A. G. Kawamura, ex-Secretário do Departamento de Alimentação e Agricultura da Califórnia (2003-2010) e atual proprietário-socio da Orange County Produce, LLC.
 
No evento, foram analisadas as contribuições dos produtores de frutas e hortaliças das Américas para as exportações mundiais e a segurança alimentar e nutricional global, em particular na promoção de dietas equilibradas, bem como o caminho a ser percorrido para se reconectar os consumidores modernos com os agricultores.
 
Também se fez um apelo ao reconhecimento da relevância do setor agrícola em todos os níveis, algo que a pandemia de Covid-19 já pôs em evidência.
 
“Os consumidores hoje buscam produtos com práticas agrícolas sustentáveis, com mais consciência daquilo que estão consumindo, e demandarão cada vez mais produtos frescos, como frutas e hortaliças. O nosso continente reúne, por experiência e climas, todas as características para atender a essas demandas”, indicou Allendes.
 
Neste contexto, o presidente da Sociedade Nacional de Agricultura do Chile ressaltou também o potencial produtor e agroexportador do continente americano. “Por exemplo, exportamos 52% das laranjas, 37% das abacaxis, 29% das maçãs, 58% das uvas de mesa, 32% das peras, 62% das cerejas e 60% das bananas do mundo”, acrescentou.
 
No encontro, os especialistas enfatizaram que também é crucial que os setores frutícola e hortícola continuem avançando para uma produção mais sustentável, fazendo uso mais eficiente dos recursos naturais, aproveitando práticas baseadas na ciência e na adoção de novas tecnologias, garantindo aa rastreabilidade e a inocuidade dos produtos para a segurança do consumidor.
 
“Devemos reforçar e fazer uma produção sustentável de curto e longo prazo. Não podemos fazer isso sem apoio e coordenação com os governos. Hoje, diante da situação que a pandemia nos impôs, estamos vendo uma mudança, um aumento na consciência e na educação do consumidor para uma vida e consumo saudáveis, a tendência para uma dieta mais equilibrada, as pessoas preocupadas com a origem dos seus alimentos, de onde vêm e como são produzidos”, observou o gerente geral da Driscoll’s no México, Miguel Curiel.
 
Os palestrantes também ressaltaram a transcendência dessa produção para as economias dos países quanto à geração de divisas e de empregos e aos aspectos positivos que o consumo de frutas e hortaliças implica.
 
“A banana é o primeiro objeto de exportação agrícola da Costa Rica, gera emprego nas zonas mais marginais, 140 mil empregos diretos e indiretos, e é fonte de fibra, serotonina, potássio, magnésio e lecitina. Em 2019, a América Latina e o Caribe responderam por 19% de todas as frutas produzidas no mundo. Com essa participação, têm muito por contribuir para a agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a redução da fome, da pobreza e da mudança do clima, com técnicas de produção mais sustentáveis e uma agricultura moderna e responsável com o meio ambiente”, assegurou o gerente geral da CORBANA, Jorge Sauma.
 
Durante a mesa-redonda, os palestrantes aprofundaram os principais desafios enfrentados na produção, como a mudança do clima, a necessidade de políticas públicas robustas e ferramentas de comunicação para aproximar e educar o consumidor, assinalando-se a importância desses setores, a sua contribuição social, econômica e ambiental, em que é muito relevante o papel dos agricultores como principais guardiões da biodiversidade.
 
Nessa conscientização, reconheceram que a academia desempenha um papel fundamental.
 
“Reconhecemos que precisamos de novos cultivos, novas variedades, diferentes tipos de sementes e plantas que tenham características como tolerância a seca, inundações ou calor. Estes são os desafios que sofremos agora. Precisamos de apoio forte da parte do governo para ajudar a comunidade agrícola e os produtores, em vez de ficarem nos apontando”, comentou por sua vez o ex-Secretário do Departamento de Alimentação e Agricultura da Califórnia, Kawamura.
 
O Diretor Geral do IICA mencionou, nas conclusões do evento, que é hora de estarmos “unidos e defendermos uma agricultura que tem um futuro enorme para os nossos países como geradora de empregos e divisas para as exportações”.
 
“Precisamos fazer a agricultura renascer. São tempos de desafios, de busca de consensos, de demonstrar ao mundo que temos uma agricultura que, com todas as suas falhas e todas as suas imperfeições, está de pé e disposta a cumprir o que toda a humanidade espera deste continente quanto à produção de alimentos. Sem nós, não há equação que feche para a segurança alimentar e nutricional”, concluiu Manuel Otero.

 

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