Ir Arriba

Garantir o abastecimento de alimentos a grupos vulneráveis e fortalecer circuitos curtos de comercialização, essenciais do setor agroalimentar da América Central e República Dominicana para enfrentar os desafios da Covid-19

País de publicação
Todos
En el foro se indicó que es fundamental apalancar la capacidad de producción de alimentos básicos.
No fórum se indicou que é fundamental alavancar a capacidade de produção de alimentos básicos.

San José, 27 de abril, 2020 (IICA). Para resolver os desafios da pandemia no setor agroalimentar da América Central e República Dominicana, os países precisam concentrar seus esforços em garantir o abastecimento de alimentos às populações vulneráveis, fortalecer os circuitos curtos de comercialização, dinamizar o comércio intrarregional e reforçar sua atenção à sanidade e à inocuidade, explicou o Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero.

Os impactos da Covid-19 no setor agroalimentar destas nações, integrantes da Federação Centro-americana de Câmaras Agropecuárias e Agroindustriais (FECAGRO), foram analisados em um seminário virtual organizado em conjunto com o IICA.

Otero participou do painel de especialistas, assim como a líder das Alianças Regionais para Sistemas Alimentícios do Fórum Econômico Mundial, María Elena Varas; e o presidente da Câmara Nacional Agropecuária e Agroindustrial de Costa Rica e membro da Junta Diretiva de FECAGRO, Juan Rafael Lizano.

“Deve-se garantir a sustentabilidade da produção agropecuária, reforçar o papel da agricultura familiar, o comércio internacional e o trânsito de mercadorias, dar ênfase ao comércio eletrônico, o encolhimento de países exportadores de produtos agropecuários, alimentícios e insumos versus a alta demanda dos importadores de tais mercadorias, e assegurar a cadeia de valor desde a produção até o acesso aos alimentos por parte da população”, argumentou o Diretor Geral do IICA.

“Há de se prestar atenção ao financiamento, o endividamento e a moratória de créditos do setor agropecuário dando incentivos econômicos e fiscais; necessitamos fazer muita inteligência e vigilância sanitária prospectiva porque os novos tempos estarão caracterizados por outras surpresas e deve-se continuar cumprindo com as normativas e requerimentos, sem inventar barreiras não tarifárias”, acrescentou Otero.

O titular do organismo especializado em cooperação internacional para o setor agropecuário reafirmou que é fundamental alavancar a capacidade de produção de alimentos básicos como grãos, cereais, tubérculos, carnes, lácteos, azeites e açúcar, porque na raiz da crise “há mudanças na composição da demanda”.

No fórum virtual, Otero ressaltou que para resolver estes desafios é preciso avançar para uma agricultura digital, na qual se potencialize a inovação e o uso de mais tecnologias e ciência.

Também destacou que é hora de reconhecer, de uma vez por todas, o setor agrícola e a ruralidade como um setor estratégico.

“Basta de colocá-lo no banco dos réus, como o responsável por um monte de coisas. Pedimos ao setor agropecuário que nos apoie para defendê-lo como um setor estratégico que requer políticas de longo prazo, orçamentos e recursos humanos afins, para o qual é crucial o envolvimento dos aliados dos setores público, privado e da sociedade civil. Para mais crise, mais cooperação internacional”, concluiu.

Por sua parte, María Elena Varas, do Fórum Econômico Mundial, manifestou: “Há um sentido de urgência para gerar ações imediatas e construir sistemas mais resilientes no longo prazo, não só para responder ao que suscita a Covid-19, mas também a futuros choques. O foco está em construir sistemas alimentares sustentáveis, inclusivos, eficientes, nutritivos e saudáveis, alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”.

Juan Rafael Lizano, de FECAGRO, relembrou que produtos como café e açúcar estão com negociação muito baixa; e flores, plantas ornamentais e folhagem, melão, abacaxi, melancia e manga sentiram as pressões da crise devido ao novo coronavírus.

“O que vejo mais incerto e o que preocupa são os mercados. Isso é o que pedimos: entrar nos mercados para colocar a produção”, afirmou Lizano. 

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional 
comunicacion.institucional@iica.int