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O Chile se soma a Solos Vivos das Américas, iniciativa de restauração promovida pelo IICA e por Rattan Lal

El anuncio fue realizado por la Ministra de Agricultura de Chile, María Emilia Undurraga, en un seminario internacional organizado por el Servicio Agrícola Ganadero del país andino y el IICA.
O anúncio foi feito pela Ministra da Agricultura do Chile, María Emilia Undurraga, em um seminário internacional organizado pelo Serviço Agrícola Pecuarista do país andino e pelo IICA.

Santiago, 12 de abril de 2021 (IICA). O Chile se somará à iniciativa Solos Vivos das Américas promovida pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e pelo renomado cientista e Prêmio Mundial da Alimentação 2020, Rattan Lal – anunciou a Ministra da Agricultura do país andino, María Emilia Undurraga.

Undurraga fez o anúncio no seminário internacional “Sustentabilidade Agroambiental de Solos Agropecuários na América, Mudança do Clima e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, organizado pelo Serviço Agrícola Pecuarista do Chile (SAG) e pelo IICA, do qual também participaram Rattan Lal, Diretor do Centro de Gestão e Sequestro de Carbono (C-MASC) da Universidade Estadual de Ohio e outros especialistas internacionais.

Solos Vivos das Américas é uma iniciativa que busca lançar uma ponte entre a ciência, as políticas públicas e o trabalho de restauração dos solos no hemisfério, cuja degradação ameaça a posição da América Latina e do Caribe como avalistas da segurança alimentar global.

“Quero manifestar o interesse do Ministério da Agricultura do Chile de colaborar na criação de instâncias locais institucionalmente vinculadas com o setor agropecuário no país, para o que é importante a experiência do professor Lal na geração de pontes entre a ciência e as políticas públicas com o objetivo de restaurar a saúde e a qualidade do solo, ou seja, a saúde da agricultura. Neste sentido, temos considerado impulsionar o programa Solos Vivos das Américas do IICA e do C-MASC”, afirmou a Ministra Undurraga.

“O solo é o recurso natural básico para o desenvolvimento integral do país por meio dos seus serviços ecossistêmicos, que vão além da produção e se expressam no mundo rural. Agradeço ao professor Rattan Lal, cujo trabalho destacou a importância do recurso do solo na construção de um novo paradigma para se enfrentar o desafio imposto pela mudança do clima, paradigma que deve incorporar um novo olhar para a elaboração de políticas, programas e iniciativas com vistas a consolidar e fortalecer a ação institucional, em todos os níveis, do setor agrícola, pecuário e florestal do Chile”, acrescentou Undurraga.

No seminário, Rattan Lal fez uma exposição completa sobre a situação dos solos na América Latina e no Caribe e sobre os desafios da região no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, como a produção sensível aos alimentos e nutrientes, a melhoria da qualidade da água e do ar, a incorporação do conceito de Uma Só Saúde (que une saúde animal, vegetal e humana), a melhoria da saúde dos solos, a promoção da agricultura urbana e o aumento dos benefícios para os agricultores com a monetarização dos seus esforços em sustentabilidade.

“É urgente que essa preocupação pela saúde dos solos venha das cidades, pois se estima que 80% dos habitantes do mundo em 2050 viverão em zonas urbanas. Portanto, as decisões devem ser tomadas a partir de onde e de quando se produzir, lançando-se mão do conhecimento gerado em anos de cultivos verticais ou hidroponia”, disse Lal.

“Devemos avançar em práticas de gestão de terras e incentivos para transformar os sistemas agrícolas em ecossistemas que acumulem mais carbono nos solos, abrindo o caminho para a implementação dos melhores métodos de gestão e o desenvolvimento de políticas públicas e regulamentações com o objetivo de recuperar a saúde e a qualidade do solo, componentes muito importantes da paz e da estabilidade institucional dos países e das regiões”, comentou o pesquisador, reconhecido pela revista PLOS Biology como o cientista mais influente do mundo na área de agricultura e agronomia.

Com a iniciativa Solos Vivos das Américas, lançada no final de 2020, o IICA e o C-MASC procuram reforçar a posição da América Latina e do Caribe como uma das principais regiões produtoras e exportadoras globais de alimentos, condição que requer a melhoria da qualidade do solo, o que é imprescindível para se aumentar a segurança alimentar e nutricional no mundo. Os solos ricos em nutrientes, além disso, ajudam a mitigar os efeitos nocivos da mudança do clima.

Sustentabilidade agroambiental dos solos

Rattan Lal, que também é Embaixador de Boa Vontade do IICA, foi um dos especialistas internacionais convocados pelo SAG do Chile e por este Instituto para expor e refletir sobre a sustentabilidade agroambiental dos solos agropecuários nas Américas e sobre a importância desse recurso como elemento crítico para o sequestro de carbono. O seminário internacional convocou mais de 600 peritos de 22 países do hemisfério.

“Enche-nos de entusiasmo o fato de que, com o Ministério da Agricultura do Chile, estejamos de acordo com o objetivo deste seminário, reconhecendo um sentido de continuidade e cooperação à iniciativa Solos Vivos das Américas, que utilizará os melhores enfoques de gestão. A cooperação técnica trabalhará com governos, organismos internacionais, universidades, setor privado e organizações da sociedade civil para deter processos de degradação da terra e da agricultura que esgotam a matéria orgânica dos solos, um recurso natural fundamental para a vida no planeta”, disse Federico Villarreal, Diretor de Cooperação Técnica do IICA.

La Ministra de Agricultura de Chile, María Emilia Undurraga, afirmó en el evento que suelo es un recurso natural que constituye la base para el desarrollo integral del país por medio de sus servicios ecosistémicos.
A Ministra da Agricultura do Chile, María Emilia Undurraga, afirmou no evento que o solo é um recurso natural básico para o desenvolvimento integral do país por meio dos seus serviços ecossistêmicos.

E Horacio Bórquez, Diretor Nacional do SAG, comentou: “A nossa função como serviço é a proteção dos recursos naturais para a produção agropecuária. Essa função adquiriu nos dias de hoje uma urgência ainda maior devido aos impactos da mudança do clima, além de termos pela frente a degradação do solo e a escassez hídrica no nosso país. Portanto, é necessário que a agricultura incorpore novas práticas de produção, promovendo uma mudança de paradigma que busque a transição para um desenvolvimento agrícola mais sustentável”.

O evento teve ainda a participação dos expositores chilenos Mario Ahumada e Rodrigo Osório, do SAG, e dos palestrantes internacionais Ronald Vargas, Oficial de Águas e Terras da FAO e Secretário da Parceria Mundial pelo Solo (AMS), e Gertjan Berndt Beekmam, da Representação do IICA no Brasil, que se referiu à experiência de gestão ambiental da relação solo-água nesse país. Além disso, Jorge Etchevers, do Colégio de Pós-Graduados do México, relatou a experiência de gestão ambiental de solo no México e os desafios enfrentados por essa atividade devido à mudança do clima.

Assistir ao seminário completo em https://fb.watch/4L6YCvlRIa/.

Mais informação:
Gerência de Comunicação Institucional do IICA.
comunicacion.institucional@iica.int