O IICA destaca a liderança da Colômbia na mitigação e adaptação de sua agricultura à mudança do clima e celebra o acordo do país com o Fundo Verde do Clima e a CAF

Sharm el-Sheik, Egito, 16 de novembro de 2022 (IICA) – O Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, celebrou a assinatura de um acordo entre o Ministério da Agricultura da Colômbia, o Fundo Verde do Clima e a Corporação Andina de Fomento-Banco de Desenvolvimento da América Latina, que envolve contribuições não reembolsáveis e crédito de quase US$ 100 milhões e projetará o país sul-americano como líder em mitigação e adaptação de seu setor agrícola à mudança do clima.
 
No âmbito da COP-27, que se desenvolve na cidade egípcia de Sharm el-Sheik, o Vice-Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Colômbia, Luis Alberto Villegas, participou como testemunha da assinatura dos denominados “Acordos de Crédito e Doação entre o Fundo Verde do Clima (GCF) e a Corporação Andina de Fomento-Banco de Desenvolvimento para a América Latina (CAF)” no valor de quase US$ 100 milhões, destinados a financiar iniciativas climaticamente inteligentes para a adaptação à mudança do clima e a sustentabilidade em sistemas produtivos priorizados, entre os quais os de arroz, milho, batata, banana, cana-de-açúcar, café e pecuária de carne e de leite.
 
O valor do projeto chega a US$ 99,9 milhões, para os quais o Fundo Verde do Clima contribuirá com US$ 48,2 milhões como recursos de doação não reembolsável mais US$ 35,3 milhões derivados de acordo entre o FVC e a CAF; os US$ 16,4 milhões restantes serão a contrapartida do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, do CIAT (Parceria de Bioversity International e do Centro Internacional de Agricultura Tropical) e das associações de produção que participam do projeto.

“Como resultado desse apoio financeiro, a Colômbia conta hoje com um projeto de envergadura mundial que lhe permitirá abordar e enfrentar os impactos e os efeitos da mudança do clima no setor agropecuário em nove setores produtivos de importância estratégica em termos de segurança alimentar, geração de emprego rural, exportações e participação no Produto Interno Bruto (PIB), bem como de renda e qualidade de vida dos produtores rurais”, disse o Vice-Ministro Villegas na cerimônia de assinatura do acordo, firmado no pavilhão da Colômbia na COP-27.
 
“O projeto CSICAP é a aposta da Colômbia e, em particular, de seu Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, para modernizar a produção agropecuária com sistemas produtivos climaticamente inteligentes, resilientes diante da mudança do clima e baixos em carbono. Aplicaremos as tecnologias da informação, como a inteligência artificial para implementar a agricultura 4.0, os serviços climáticos e a melhoria genética a fim de aumentarmos a produtividade do campo e a competitividade de nossos produtos nos mercados internacionais, com critérios de sustentabilidade ambiental”, acrescentou.
 
O Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, destacou os esforços do governo e do setor produtivo colombianos para materializar a enorme capacidade do país como potência produtiva climaticamente inteligente e disse que “o feito da Colômbia com esse acordo, que permitirá alcançar a meta de emissões do setor agrícola com que a nação se comprometeu no Acordo de Paris, é um exemplo para a agricultura de toda a América Latina e do Caribe”.

Participaram da assinatura do acordo, além do Vice-Ministro Villegas: pelo Fundo Verde do Clima (FVC), Yannick Glemarec, Diretor Executivo; pela CAF-Banco de Desenvolvimento da América Latina, Alicia Montalvo Santamaría, Gerente de Ação Climática e Biodiversidade Positiva; e pela Parceria Bioversity-CIAT, seu CEO, Juan Lucas Restrepo, entre outros altos funcionários.

O Vice-Ministro Villegas destacou ainda que o acordo, liderado pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural e com o apoio permanente do DNP, MHCP, CIAT, CAF e associações de produção, como FEDEARROZ, FENALCE, FEDERACAFE, FEDEPAPA, AUGURA, ASBAMA, ASOHOFRUCOL, FEDEGAN, ASOCAÑA, e centros de pesquisa como CENICAÑA, CENIBANANO e CENICAFE, permitirá a modernização da produção agropecuária para sistemas produtivos climaticamente inteligentes, resilientes diante da mudança do clima e baixos em carbono.
 
Sua implementação prevê o uso de tecnologias da informação, como a inteligência artificial para a agricultura 4.0, os serviços climáticos e a melhoria genética para aumentar a produtividade do campo e a competitividade dos produtos colombianos nos mercados internacionais, com critérios de sustentabilidade ambiental.
 
O acordo, que posiciona a Colômbia no nível mundial como líder em adaptação do setor agropecuário diante dos impactos e efeitos da mudança do clima, caracteriza-se pelas condições de crédito favoráveis para as finanças do país e contribui para o cumprimento dos compromissos inseridos na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) de contar com 10 subsetores agropecuários que implementam iniciativas de adaptação inovadoras e de redução de 51% dos GEI até 2030.

Assim, o projeto contribuirá para reduzir no setor emissões de GEI equivalentes a 9,3 milhões de toneladas de CO₂, fortalecerá a capacidade de resposta do setor agropecuário diante de fenômenos extremos de variabilidade e mudança do clima, reduzirá as perdas na produção, melhorará a competitividade do setor e garantirá no médio e no longo prazos a segurança alimentar dos colombianos, com intervenções em 967.997 hectares.
 
Seus beneficiários diretos serão 619.691 produtores, além de outro 1.075.000 de produtores indiretos, com os quais se trabalhará no desenvolvimento de novos modelos de negócios que lhes permitirão integrar-se verticalmente na cadeia de valor.

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