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Projetos de bioeconomia da Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica e Uruguay concentram atenções em cúpula global

GBS1
No evento, foi analisado o desempenho da bioeconomia na América Latina e no Caribe, as potencialidades e desafios que a região apresenta para promover a bioeconomia como estratégia para a reativação socioeconômica, a segurança alimentar e a inserção no novo contexto pós-Covid-19.

São José, 23 de novembro de 2020 (IICA) – Um amplo panorama sobre a bioeconomia na América Latina e no Caribe e experiências concretas em áreas como química verde e biocombustíveis na Argentina, Brasil, Colômbia e Costa Rica, bem como seus impactos em termos ambientais, de desenvolvimento rural e de geração de empregos, foram apresentados em um seminário realizado na Global Bioeconomy Summit 2020, principal evento mundial sobre bioeconomia.

O seminário, organizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) com o Grupo de Países Produtores do Sul (GPS) teve como título “A bioeconomia regional como motor chave para construir economias resilientes: lições aprendidas da América Latina e do Caribe”.

A atividade contou com a participação de Federico Torres, Vice-Ministro de Ciência e Tecnologia do Ministério de Ciência, Tecnologia e Telecomunicações (MICITT) da Costa Rica; Carolina Balian, Assessora do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai; Arturo Luna, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação da Colômbia; Gonçalo Pereira, da Universidade Estadual de Campinas; e Daniella Sardi, da Federação Nacional de Cultivadores de Palma de Óleo da Colômbia.

Também participaram: Ramiro Costa, da Bolsa de Cereais da Argentina; Marcelo Regúnaga, da GPS; Guy Henry, delegado do CIRAD; Bernardo Silva, da Think Brasil; e Eduardo Trigo, assessor do Programa de Bioeconomia e Desenvolvimento Produtivo do IICA.

No evento, foi analisado o desempenho da bioeconomia na América Latina e no Caribe, as potencialidades e desafios que a região apresenta para promover a bioeconomia como estratégia para a reativação socioeconômica, a segurança alimentar e a inserção no novo contexto pós-Covid-19. Além disso, foi realizada uma revisão das políticas e negócios da bioeconomia na região, para posteriormente discutir a agenda pendente.

De acordo com Eduardo Trigo, diversos países que abraçaram a visão da bioeconomia hoje são protagonistas, em termos de negócios no setor, e se converteram em líderes de negócios relacionados a cultivos biotecnológicos, bioenergias, agricultura baixa em carbono e valorização da biodiversidade, o que, por sua vez, fomentou grandes avanços na construção de políticas e estratégias para a promoção do setor.

No que se refere a políticas públicas, Federico Torres apresentou a estratégia de bioeconomia da Costa Rica, cujos objetivos principais consistem em promover a produção sustentável a partir do uso equitativo de recursos biológicos, a circularidade da biomassa e o avanço de novas ciências e tecnologias.

Carolina Balián e Arturo Luna, por sua vez, apresentaram as experiências de construção de políticas no Uruguai e na Colômbia, respectivamente, que estão vendo a bioeconomia como uma aposta estratégica para promover o desenvolvimento sustentável.

Casos de negócios na Colômbia, no Brasil e na Argentina

A Colômbia é o quarto produtor mundial de óleo de palma do mundo e está aproveitando as potencialidades oferecidas pela bioeconomia para promover sua competitividade e sustentabilidade, bem como uma maior inclusão nos territórios rurais, afirmou Daniella Sardi.

Graças aos esforços público-privados, o biodiesel da Colômbia tem sido um motor da agregação de valor na agricultura, do desenvolvimento dos territórios rurais, da sustentabilidade ambiental e da mudança na matriz energética do país.    

A Argentina é outro dos países com casos bem-sucedidos: a intensificação sustentável foi uma estratégia baseada na convergência da inovação e no aproveitamento de boas práticas e lições aprendidas, conforme explicou Ramiro Costa.

No caso do Brasil, Gonçalo Pereira enfatizou como a tecnologia de segunda geração nesse país permitiria um aproveitamento mais eficiente e sustentável da biomassa para a elaboração não somente de alimentos, como também de múltiplos outros bioprodutos de alta agregação de valor, como as bioenergias, a bioquímica e a biocosmética, entre muitos outros. 

O evento terminou com um painel de peritos moderado por Marcelo Regúnaga, no qual Henry e Silva discutiram sobre como superar os gargalos e escalonar as boas práticas e as lições aprendidas em termos de políticas e negócios da região.

A Global Bioeconomy Summit é o principal evento global sobre bioeconomia no mundo e, este ao, foi realizada de forma virtual entre 16 e 20 de novembro.

A conferência bienal se transformou no evento líder para analisar e discutir globalmente as oportunidades e os desafios emergentes da bioeconomia e desenvolver visões para a construção de uma bioeconomia sustentável entre atores chaves, como governos, o setor de ciência e inovação, as empresas e a sociedade civil.

 Na edição de 2020 da Global Bioeconomy Summit, o IICA se destaca como parceiro oficial (ver página de detalhe de página: https://bit.ly/2Uqkm8f). 

Mais informações:

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