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Centro Nacional de Cães de Detecção (CeNCD) é parte do Projeto de Cooperação Técnica do IICA com o MAPA e se inspirou em modelos mexicano e chileno

Brasília terá centro de Treinamento de cães para fiscalização agropecuária

País de publicación
Brasil
Gabriel Delgado e José Guilherme Tollstadius Leal, secretário de Defesa Agropecuária do MAPA
Gabriel Delgado e José Guilherme Tollstadius Leal, secretário de Defesa Agropecuária

Brasília, 5 de outubro de 2021 (IICA) – Gabriel Delgado, representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura no Brasil (IICA), participou, junto com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), José Guilherme Tollstadius Leal, da cerimônia de lançamento da pedra fundamental das futuras instalações do Centro Nacional de Cães de Detecção (CeNCD) no Distrito Federal.

A ação integra o Projeto de Cooperação Técnica (PCT) do IICA com o MAPA para o Sistema de Defesa Agropecuária. O CeNCD vai treinar cães que vão reforçar a fiscalização agropecuária do país. Os cães vão atuar na defesa sanitária em portos, aeroportos e postos de fronteira e serão preparados para farejar malas e pacotes para impedir a entrada de pragas e doenças, já que é proibido trazer de outros países frutas, legumes e outros alimentos frescos para evitar a contaminação.

Exemplos de produtos barrados em portos, aeroportos e postos de fronteira são mel, cera, própolis, queijo, bacalhau, plantas e insetos e sementes. São produtos aparentemente inofensivos, mas que quando trazidos nas malas dos viajantes podem introduzir pragas e doenças de outros países no território nacional.

A vigilância sanitária internacional já conta com cães para ajudar neste trabalho e o CeNCD é uma ação pioneira no Brasil que vai treinar novos cães farejadores com este propósito. Em 2015, uma missão com técnicos do IICA e MAPA visitou instalações para conhecer a experiência no Chile. Houve também troca de experiências com o México.  “Esta ação é um bom exemplo sobre como a cooperação pode levar boas iniciativas de diferentes partes da região para serem adaptadas nos países do hemisfério”, disse Delgado.

O Centro terá capacidade para treinar 38 cães em cada ciclo terá oito prédios com estrutura para ensinar e treinar os animais. Além dos canis, o complexo vai contar ainda com um laboratório de faro, depósito e uma parte administrativa.

"Esse é um marco, pois, depois de cinco anos de iniciado o projeto, poderemos contar com maior estrutura e, assim, expandi-lo para todo o país, conforme a demanda compatível", disse o chefe substituto do CeNCD, Affa Angelo de Queiroz.

Segundo ele, o complexo já está em obras e a expectativa é de inauguração do primeiro bloco dentro de seis a nove meses. "Será um complexo de vários blocos, cada um com sua funcionalidade, sendo o primeiro a ficar pronto o que abrigará o canil de quarentena, para onde serão levados os cães que estão ingressando nas atividades."

Com a benfeitoria, a previsão é que a quantidade de animais prontos para o trabalho de inspeção e fiscalização praticamente dobre, aumentando, assim, as equipes pelo país a fora. "Hoje, são cinco cães em operação e três em treinamento. Com a etapa 1 concluída, já serão incorporados mais sete cães ao plantel", afirmou Ângelo.

Também participaram da solenidade o chefe do CeNCD, Romero Teixeira; o diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Marcelo Osório; a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), o professor da Universidade de Brasília (UnB), Cristiano Barros de Melo; Lucia Maia, especialista em Sanidade Agropecuária e Inocuidade dos Alimentos do ICA e os chefes dos canis centrais de outros órgãos federais e do GDF,  além de diretores da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários.