Representante do IICA no brasil mostra desafios e oportunidades para a segurança alimentar na América Latina e Caribe no Rio+Agro
Apoio à agricultura familiar, bioeconomia, inovação e sustentabilidade são bases para segurança alimentar segundo IICA
Rio de Janeiro, 30 de julho de 2024 - O Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA) estima que 59 milhões de pessoas vivam na pobreza rural na América Latina e Caribe (ALC) apesar de a região produzir alimentos para 1,3 bilhão de pessoas no mundo, volume que transforma a área na maior exportadora líquida de comida. O relatório do IICA sobre “Sistemas alimentares “falidos” e alternativas” mostra que, apesar de sua robusta capacidade produtiva, a ALC enfrenta desafios como a capacidade de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, investimentos em infraestrutura, tecnologia e sustentabilidade.
O estudo foi a base para a palestra “Segurança alimentar no contexto internacional: desafios e estratégias” do representante do IICA no Brasil, Gabriel Delgado, nesta quarta-feira (30/07), no Rio+Agro, fórum internacional que discute sustentabilidade agroambiental das cadeias produtivas do agronegócio.
Delgado mostrou os desafios da América Latina e Caribe como o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a erradicação da fome e da pobreza extrema, a transformação de sistemas alimentares, a redução da desnutrição, a criação de novas oportunidades de desenvolvimento econômico no campo e a garantia de que a agricultura seja sustentável e resiliente às mudanças climáticas.
“Os projetos conduzidos pelo IICA focam nos gargalos e nas oportunidades dos atuais sistemas alimentares, com base em políticas públicas eficazes e mobilização de atores relevantes e aponta a urgência de integrar os agricultores familiares nas soluções, garantindo-lhes acesso ao crédito e à terra, e tornando-os parte ativa da transformação sustentável”, explicou Gabriel Delgado.
Segundo estudos do IICA, a América Latina e o Caribe estão estrategicamente posicionados para reduzir a insegurança alimentar e nutricional global, mas para alcançar esse objetivo é necessário compreender a importância da coexistência de diferentes formas de produção e destacar o papel da bioeconomia na geração de renda para populações vulneráveis.
“Devemos adotar o conceito de saúde única, que visa alcançar resultados ótimos de saúde e bem-estar nas interfaces animal-humano-planta-ambiente, aliado ao tripé da sustentabilidade: social, ambiental e econômica. Somente através de políticas de longo prazo que promovam a industrialização inteligente, responsabilidade social e agricultura inteligente na nutrição, poderemos garantir que a ALC continue a ser um pilar essencial na segurança alimentar global, promovendo um futuro mais justo, sustentável e próspero para todos”, analisou o representante do IICA no Brasil na palestra no Rio+Agro.
Informações:
Patrícia Costa
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